Seis testemunhas dos assassinatos de Jocélia de Oliveira Costa, 31 anos, uma das líderes do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST), e sua filha de 5 anos, ocorrido no domingo, depuseram nesta terça-feira (20). Todas acusaram diretamente Ademar Alves de Lima e Paulo Rodrigues de Lima pelas mortes. Os dois homens continuam foragidos. As informações são da Agência Estadual de Notícias.
Segundo o delegado Amadeu Trevisan Neto, que investiga os homicídios, a prisão preventiva dos suspeitos já foi pedida à Justiça, que por enquanto não se pronunciou. Outra notícia que movimentou o dia de buscas aos dois homens foi a divulgação do laudo da necropsia feita no corpo da criança assassinada. No documento, a menina Emanuelle, de 5 anos, foi morta com uma pancada na cabeça, e não a tiros como se pensava anteriormente.
Outras investigações da polícia apontam que Paulo já teria se desentendido anteriormente com Jocélia pela liderança do grupo. Este seria o principal motivo para que a então coordenadora do MLST fosse morta.
Os crimes
No domingo, Jocélia e sua filha foram encontradas mortas dentro de um dos barracos do acampamento do MLST que está às margens da BR-369, entre Cascavel e Corbélia, na região Oeste do Paraná. Outro sem-terra, Ezequias Faleiro, 31 anos, também foi ferido na perna quando tentou intervir no tiroteio que matou mãe e filha. Juntamente com as pessoas que já foram ouvidas na delegacia, ele é uma das testemunhas-chave do caso.