A explosão que deixou três mortos e pelo menos 17 feridos na Praça Tiradentes não atingiu apenas o restaurante Filé Carioca. Foram destruídos ainda uma sorveteria, uma lan house, uma loja de discos antigos e outro restaurante vizinho. Todos esses estabelecimentos funcionavam no térreo do edifício Riqueza.

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Márcia Saraiva de Almeida, dona da sorveteria Yofrut, contou que levou um susto quando chegou às 8h para abrir a loja. Ela calcula um prejuízo de pelo menos R$ 400 mil: "Cheguei às 8h aqui e vi a loja no chão. Tinha corpos na rua. O prejuízo é de cerca de R$ 400 mil, fora a força que terei que ter para começar de novo", lamentou a empresária.

O prejuízo para o sushiman Thiago Cosme Barros pode ser considerado ainda maior. Ele deixou por volta de 10h50m a 5ª DP (Centro) com a notícia de que o primo, que também era sushiman, Josimar dos Santos Barros, está entre os mortos da explosão na Praça Tiradentes. Thiago conta também que já trabalhou no restaurante e que o estabelecimento parecia seguro. "O lugar era seguro. Não vi botijões de gás lá", acrescenta.

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De acordo com pessoas que estavam nas proximidades, a praça estava quase vazia no momento do acidente, e a explosão pode ser comparada à força de uma bomba. "Estava tomando café da manhã no hotel que fica ao lado quando ouvi a explosão e vi pessoas caindo no chão e gritando 'socorro'. Foi muito triste. Parecia uma bomba atômica. Nunca vi coisa igual no Rio", conta Edgar de Almeida Negrão de Lima, o Bob Lester, de 98 anos.

O auxiliar administrativo Anderson Almeida, de 33 anos, estava no quarto andar do edifício Riqueza, na Praça Tiradentes, onde trabalha, quando ouviu a explosão. Ele caiu nos escombros e acabou ferido na perna: "Parecia um atentado terrorista", disse.

O paisagista Jorge Rodrigues, de 37 anos, disse que viu gente "voando" do prédio. "As pessoas gritavam. Uma cena horrível - disse ele."

Garis que trabalhavam na região no momento da explosão contaram terem ouvido um grande estrondo e, em seguida, uma fumaça preta encobriu a área. "De repente houve um estrondo, e ficou tudo escuro na praça. Só vi pedaços da loja voando", disse o gari Jorge Batista.

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