Requião reafirma acusação em juízo
O governador do Paraná Roberto Requião (PMDB) reafirmou em juízo as acusações sobre um suposto desvio de R$ 10 milhões do DER para a campanah de Richa em 2002.
A acusação de Requião é contra José Richa Filho, irmão do prefeito de Curitiba Beto Richa, o ex-ministro Euclides Scalco e a publiciária Cila Schulmann - todos, segundo Requião, envolvidos no de desvio de R$ 10 milhões. Leia reportagem completa.
As duas testemunhas citadas pelo governador Roberto Requião que teriam ouvido do empresário Darci Fantin que os R$ 10 milhões pagos para a DM Construtora teriam sido repassados para a campanha de Beto Richa, em 2002, não confirmaram as palavras de Requião.
Nesta quinta-feira, o ex-procurador geral do Estado, Sérgio Boto de Lacerda, e o secretário especial de Relações Internacionais e Cerimonial, Jacir Bergmann II, disseram em juízo que souberam da história por Requião e que não ouviram do empresário que o dinheiro do pagamento do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) para a empresa teriam sido repassados para a campanha de Richa, pelas mãos da publicitária Cila Schulmann.
A audiência foi em função de uma ação que a publicitária move contra Requião, por calúnia, injúria e difamação em função de afirmações feitas pelo governador durante a "escolinha de governo" em abril de 2004. Na época, Requião não citou o nome do empresário que lhe relatou o repasse do dinheiro nem por intermédio de quem teria sido feito o pagamento.
O governador voltou a citar essa história em fevereiro deste ano, também na "escolinha", desta vez falando no nome do empresário, da publicitária e dizendo que o repasse teve a ajuda de José Richa Filho, então diretor financeiro do DER.
Na audiência realizada em 26 de fevereiro, Requião disse ao juiz da 16.ª vara Cível, Marcos Vinícius da Rocha Loures Demchuk, que Fantin teria feito a afirmação também a Sérgio Boto de Lacerda, e ao chefe do Cerimonial do Palácio, Jacir Bergmann II. Por esse motivo, os dois foram convocados para prestar depoimento.
Darci Fantin, também convocado pela Justiça, reafirmou nesta quinta, em juízo, o que já havia dito em nota à imprensa, negando as palavras de Requião.
Nem Requião nem Cila precisaram comparecer à audiência desta quinta-feira. Os advogados das partes farão as declarações finais por escrito e a sentença não deve sair antes da metade de maio.
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