Quatro dias depois da morte de Édson Elias dos Santos, 28 anos, baleado por policiais militares no Largo da Ordem, em Curitiba, na madrugada de sábado, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) divulgou ontem que duas testemunhas viram o pedreiro disparar contra uma viatura da PM. Em depoimento no 8.º Distrito Policial, César dos Santos e Tiago Fernando de Lara, ambos com 20 anos, teriam dito que Édson estava armado e tentou reagir à abordagem dos policiais. O pai de Édson, Adival dos Santos, disse que o filho foi morto com 15 tiros nas costas. A informação não foi confirmada pela Sesp e nem pelo IML de Curitiba.

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No sábado, a PM informou que encaminhou os outros dois suspeitos de roubo e a arma que teria sido usada por Édson (um revólver calibre 22) para o 8.° DP. Segundo o telejornal Paraná TV de segunda-feira, no entanto, os policiais que faziam plantão no local teriam dito que a PM não encaminhou ninguém na madrugada de sábado. Na tarde de segunda-feira, o policial de plantão no setor de comunicação da PM mudou a versão. De acordo com ele, os dois suspeitos haviam sido liberados. A Sesp não soube informar por que os dois foram soltos, uma vez que, segundo a PM, estariam envolvidos em uma tentativa de roubo.

Uma testemunha (que não teve o nome relevado) disse que viu Édson correr, mas não atirar. A testemunha disse que foi agredida pelos policiais. "Disseram que iam matar a gente", afirmou. Um inquérito policial militar vai apurar a morte de Édson. Segundo a Sesp, os seis policiais foram afastados dos serviços de rua.

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