Parte do teto de gesso da casa noturna Verdant, localizada no bairro São Francisco, em Curitiba, desabou sobre os clientes na madrugada deste domingo (21) e feriu cinco dos frequentadores. Os atingidos foram atendidos pelos bombeiros, mas não precisaram ser encaminhados ao hospital.
É a segunda vez que um pedaço do teto da casa noturna cai em menos de um mês. Na primeira ocasião, ninguém teria ficado ferido. O local anunciou que ficará fechado até ser reformado.
De gesso, o teto do estabelecimento não resistiu à vibração do som mecânico das caixas de música. No primeiro episódio, desabou o pedaço do teto que fica em cima da pista de dança. No domingo, na segunda ocasião, caiu uma parte localizada no corredor que dá acesso à pista. Os proprietários do local acharam que isso não ocorreria porque não havia sinais de rachadura, segundo a assessoria da casa.
O bar não tem alvará definitivo de funcionamento. Segundo a Polícia Militar (PM), uma vistoria realizada no local pela Ação Integrada de Fiscalização Urbana (AIFU) no sábado anterior encontrou irregularidades no ambiente e pediu providências. A PM, porém, não soube dizer de imediato se o estabelecimento tinha permissão provisória de funcionamento. Nesta segunda-feira (22), no entanto, a corporação informou que a permissão havia sido liberada na sexta-feira (20).
De acordo com a assessoria de imprensa do Verdant, o local não estava interditado, apesar de não ter o alvará definitivo. O estabelecimento teria fechado um acordo com os bombeiros em que se comprometia a fazer alterações pedidas no espaço físico em até 90 dias, mas poderia funcionar normalmente neste período.
Ainda segundo a casa, a fiscalização nunca chegou a recomendar a troca do material do teto, mesmo após a primeira ocorrência de desabamento. As alterações solicitadas seriam a abertura de mais uma saída de emergência e a troca de corrimões, que já teriam sido cumpridas.
Além de não ter alvará de funcionamento definitivo, o local também não recebeu ainda a licença emitida pela Vigilância Sanitária. Porém, já tem alvará ambiental para funcionamento de discoteca (emitido em 9 de junho pela Secretaria do Meio Ambiente) e uma autorização para bares e discotecas emitida pela prefeitura de Curitiba na última sexta-feira (19).
A casa afirma que, após o incidente, prestou atendimento imediato aos clientes. “Compreendemos a gravidade da situação e lamentamos profundamente o ocorrido e estamos comprometidos em solucionar a questão de maneira definitiva”, diz nota enviada à reportagem.
Continua o texto: “Iremos passar nos próximos dias por uma revisão completa da estrutura e também pela substituição de todo o revestimento de gesso da casa por placas de drywall, que é o mesmo material usado para o isolamento acústico da casa. Nossa prioridade neste momento é corrigir qualquer situação que seja identificada neste processo, ficando dessa forma interrompidas as atividades da casa até que todo o processo seja concluído”.