A tia da menina de 3 meses que teve a mão decepada na Baixada Fluminense é a principal e única suspeita de ter cometido o crime. Segundo o delegado Marcos Henrique de Oliveira Alves, da 58ª DP (Posse), a suspeita, que está presa desde esta madrugada, é mulher do tio da criança e teria usado o bebê para se vingar da cunhada, de quem teria ciúmes.
"Ela (suspeita) nega que cometeu o crime. Mas entrou em contradição em vários momentos. E tudo indica ser um crime premeditado. Ela atraiu os irmãos da vítima para a casa dela. Acreditamos que o motivo do crime foi ciúmes da mãe da criança", disse o delegado.
O delegado acredita que o crime tenha sido premeditado e, segundo ele, não há testemunha. O marido da suspeita, que também foi ouvido pela polícia, foi a peça-chave para incriminá-la. Segundo o delegado, ele desmentiu o testemunho da mulher, que teria dito que a faca usada no crime já tinha sido jogada fora há muito tempo.
Ele também negou que a mulher usasse saia preta e blusa verde no dia do crime, como ela havia dito à polícia. As roupas descritas por ele foram achadas na máquina de lavar da casa do casal.
A suspeita morava com o marido numa casa nos fundos do mesmo terreno onde vive a família da vítima. Num barranco neste terreno em Vila de Cava, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, a polícia encontrou uma faca enterrada, que pode ter sido usada para mutilar a criança. O laudo do material fica pronto em 15 dias.
Segundo a polícia, a mãe disse em depoimento que deixou o bebê e um outro filho, de 9 anos, na casa dessa vizinha, enquanto ia ao mercado. Na volta, a menina já estaria ferida.
O delegado informou ainda que a suspeita, que já tem passagem por furto e ameaça, será levada para a Polinter e responderá por tentativa de homicídio, com agravante por motivo fútil.
Sem previsão de alta
Segundo a Secretaria estadual de Saúde, o bebê passou por cirurgia de ajuste, realizada por cirurgiões plásticos da unidade. Ela está sob a guarda do Conselho Tutelar.
Internada no CTI pediátrico do Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a menina respira sem a ajuda de aparelho, se alimenta e reage a estímulos. Seu quadro é considerado estável e não há previsão de alta.
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