Comissão de frente da Unidos da Tijuca usou de ilusionismo para surpreender o público no Rio de Janeiro| Foto: REUTERS/Ricardo Moraes

RIO (Reuters) - Mais uma vez, o carnavalesco Paulo Barros conquistou a alma do público na Sapucaí. Desta vez, era uma promessa do enredo, de atrair com cenas de medo, suspense e aventura, como num filme.

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"Esta noite levarei sua alma", assim foi chamado o enredo da Unidos da Tijuca. A técnica do carnavalesco para cumpri-lo, de surpreender o público, já rendeu o título de campeão no ano passado.

Barros, conhecido por inovar nos desfiles das escolas de samba, trouxe uma comissão de frente de negro, simulando caveiras, cuja coreografia fazia a cabeça se deslocar do corpo, para cima e para baixo.

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O público, que no ano passado vira integrantes da comissão de frente trocar de roupa como num passe de mágica, aplaudiu com entusiasmo mais um truque de ilusionismo.

"O intuito desse ano não era o segredo, era causar um efeito que deixasse as pessoas surpresas", afirmou Barros.

A escola também surpreendeu o público com o carro que simulava uma floresta com integrantes vestidos de gorilas, que se lançavam em direção às arquibancadas pendurados do alto das árvores.

"Ta com medo de quê?", diz o samba-enredo. Barros parece não ter medo de nada. Em outro carro, representando uma cena do bruxo Harry Potter, os componentes da escola, sentados a uma grande mesa e suspensos no alto, oscilavam, em um banquete voador comandado pelo professor Dumbledore.

Os filmes "Tubarão", "Indiana Jones", "Piratas do Caribe" e "Jurassic Park" também foram lembrados em fantasias criativas. E para encerrar, um brasileiro bem conhecido por sua aparência assustadora: Zé do Caixão. Este sim, apareceu em carne e osso na Sapucaí.

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Animado, o público gritou "bicampeã" no encerramento do desfile da escola tijucana. Para Barros, foi apenas o dever cumprido.

"A gente não veio aqui buscar um bi... A escola executou exatamente o que tinha que executar. E, principalmente, o público ficou extasiado. Isso é o que é legal, o público rir, o público se divertir e brincar o Carnaval", disse.

"Eu tinha dois medos: que desse alguma coisa errada (no desfile) e de montanha-russa. Agora tenho medo só de montanha russa", disse o carnavalesco, também em êxtase.

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