Viaduto do Capanema, ao lado da Roferroviária, é pintado com tinha antipichação| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Sozinha, a tinta antipichação que o prefeito Rafael Greca (PMN) pretende aplicar nos imóveis do Centro Histórico de Curitiba, após resolver os problemas mais emergenciais do início de sua gestão, pode aliviar, mas não resolver de vez o problema da pichação em Curitiba.

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A orientação é do próprio fabricante do produto, que recomenda que as equipes de limpeza dos municípios limpem imediatamente a fachada assim que houver uma pichação.

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“É essa limpeza constante que espanta o pichador, porque se ele tiver que pichar o mesmo lugar todos os dias, além de prejuízo, também vai se expor demais, correndo o risco de ser preso”, aponta o químico Hildebrando Lucas da indústria Roma Química, fabricante desde 2008 da Tinta Antigraf, que cobre a superfície de logradouros públicos de 70 municípios, incluindo Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Fortaleza.

Em Curitiba, o produto é usado desde 2009 em viadutos - o último a receber a aplicação foi o Viaduto do Capanema, do lado da Roferroviária, em 2014, onde nem os arcos laterais e nem o parapeito estão pichados no momento.

O preço da tinta antipichação é três vezes mais caro do que a tinta comum.O custo-benefício, entretanto - justamente o que o prefeito busca - , valeria a aplicação. Além de descartar a necessidade de repintar o local pichado, a duração do produto em paredes externas é de aproximadamente cinco anos, enquanto que uma superfície com tinta normal precisa ser repintada a cada um ano e meio, em média. “A tinta é um pouco mais cara do que a normal, mas vale a pena o investimento”, aponta o próprio Greca.

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Lançada no mercado em 2008, a tinta é antiaderente e de longa durabilidade. “Ao invés de repintar o local pichado, você apenas limpa. O que sai muito mais barato para o dono do imóvel que não precisa repintar a parede e mais caro para o pichador, que vai ter que ficar pichando várias vezes se quiser manter sua marca”, explica Hildebrando .

O químico explica que se a superfície onde a tinta for aplicada estiver bem lisa, basta água, sabão e uma escova para retirar a pichação. Já se a superfície apresentar porosidade, pode haver necessidade de algum tipo de solvente diluído à água.

Além da tinta do spray, o produto antipichação também impede a aderência de outros materiais. “Em caso de musgos, fungos e fuligem, a tinta é autolimpante: a própria água da chuva retira esses materiais da parede”, explica Hildebrando.