Ronaldo Barbosa, um dos tios mais próximos de Kléber Barbosa da Silva, diz que ensinou quase tudo que sabia sobre aeromodelismo ao sobrinho. Segundo ele, Kléber chegou a pilotar ultraleves, pelo menos uma vez. Barbosa disse ao G1 que não acredita que o rapaz tenha estuprado uma garota de 13 anos em Aparecida de Goiânia, crime pelo qual ele vinha sendo investigado.

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"Ele gostava muito de aeromodelismo. Eu herdei isso de um outro tio, que morava no Tocantins, e passei tudo a ele. Kléber também usava simuladores de aviação no computador. Eu passava informações das aulas do curso de piloto que fiz e não terminei. Ele gostava muito de aviação e tinha bastante conhecimento teórico", comentou o tio.

Na quinta-feira (12), após desentendimento com a mulher, Érica Correia, Kléber levou a filha de 5 anos, Penélope Correia, até o aeroclube de Brasília, em Luziânia (GO), com a desculpa de que faria um voo panorâmico em Goiânia. Porém, chegando lá ele rendeu o piloto do avião, o ameaçou e sequestrou a aeronave.

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Com o avião, Silva seguiu para a capital goiana, onde fez voos rasantes e acabou caindo no estacionamento do shopping Flamboyant, em Goiânia. Pai e filha morreram no acidente.

"Ele nunca pilotou um avião, mas pelo que sei ele pode ter pilotado um ultraleve já", contou o tio. Na avaliação de Ronaldo, o sobrinho cometeu o crime por problemas familiares e depressão.

"Talvez o que tenha ocorrido seja porque ele estava em depressão. Faltou apoio do pai e da mãe, que mora na Europa. Muitas brigas familiares. Ele não trabalhava e recebia dinheiro da mãe que trabalha no exterior. Ele tinha a cabeça vazia, não tinha com o que se preocupar", analisou o tio.

Estupro

Kléber é suspeito de estuprar uma menina de 13 anos, na segunda-feira (9), em Aparecida de Goiânia, cidade próxima à capital de Goiás. A polícia acredita que esse fato desencadeou a tragédia. Ele teria ficado perturbado com a hipótese de ser descoberto.

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Ronaldo duvida que o sobrinho estupraria alguém. "Eu não consigo acreditar nisso. Ele nunca faria uma coisa dessas", afirmou.

O tio disse ao G1 que a mãe de Kléber, Vandilma Barbosa da Silva, que vive na Espanha, não retornará ao Brasil nos próximos dias. "Ela passou mal e teve que ser hospitalizada assim que recebeu a notícia. Kléber era um dos filhos que ela mais amava. Ela ficou muito abalada e não pretende voltar para o Brasil pelo menos por agora", disse.

A esposa

A mãe de Penélope, Érica Correia, ainda está muito abatida, sob o efeito de medicamentos e não que falar com a imprensa. Nem mesmo com os familiares ela está conversando direito, segundo a família.

O cunhado dela, Cleonaldo Alves do Nascimento, disse que a família está dando apoio para ela. "Ontem [sexta-feira], nós fomos visitá-la mas nem tocamos no assunto. Ela precisa se recuperar. Está sofrendo muito", disse.

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Érica também se recupera da agressão de Kléber, que a atacou com o extintor de incêndio do carro, pouco antes de começar seu trajeto para o aeroclube em Luziânia.