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Bárbara foi baleada quando saía da escola, no bairro Santa Cândida | Antônio More/Gazeta do Povo
Bárbara foi baleada quando saía da escola, no bairro Santa Cândida| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Sétimo dia

Três missas serão celebradas hoje em homenagem à jovem

Três missas serão realizadas hoje na Escola Estadual Santa Cândida, em Curitiba, para lembrar os sete dias da morte da estudante Bárbara Silveira Alves, de 16 anos. A secretaria do colégio confirmou que as missas estão programadas para as 8 h, 9 h e 10h30 de hoje e serão realizadas no auditório do colégio.

Um protesto, organizado por alunos, professores e amigos, também marcado para hoje foi transferido para o próximo sábado, 11 de outubro, e deve ocorrer, segundo a secretaria da escola, no período da manhã, em frente à Paróquia Santa Cândida, que fica na Rua Pe. João Wislinski, 755.

Ainda na última quinta-feira, dia em que Bárbara foi enterrada, um grupo de amigos e alunos da Escola Estadual Santa Cândida fez uma pequena manifestação em uma rotatória do bairro que fica próxima ao local do crime. Os adolescentes utilizaram cavaletes de propaganda política e os cobriram com cartazes improvisados que pediam por paz e lembravam o luto por Bárbara.

Laudo concluído pelo Instituto de Criminalística (IC) confirmou a origem da bala que matou a estudante Bárbara Silveira Alves, de 16 anos, na semana passada, em Curitiba. Segundo a Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) da capital, a bala saiu da arma de um dos policiais que, supostamente, trocavam tiros com assaltantes na região do Santa Cândida, onde o crime aconteceu.

Bárbara morreu na última quarta-feira. Ela saía da Escola Estadual Santa Cândida, por volta do meio-dia, e foi atingida por uma bala perdida. A adolescente chegou a ser socorrida por uma equipe em um helicóptero e deu entrada no Hospital Cajuru, por volta das 13h30, mas faleceu 20 minutos depois.

De acordo com o delegado Rodrigo Souza, que teve acesso ao laudo, a conclusão da perícia muda os rumos da investigação. Com o fato, o caso de homicídio passa agora a ser investigado pelo 4.º Distrito Policial (DP), enquanto a unidade especializada de Furtos e Roubos ficará responsável apenas pelo assalto que levou à suposta troca de tiros entre os PMs e os ladrões. "Agora o caso já está fora da nossa atribuição. Continuaríamos se fosse latrocínio, caso a bala tivesse vindo da arma dos criminosos", declarou o delegado.

Souza informou também que um dos suspeitos de cometer o assalto no restaurante já foi identificado. A intenção é de que a polícia chegue em breve ao segundo envolvido e que, ainda nesta semana, já seja efetuada a prisão da dupla.

Troca de tiros

Uma testemunha que presenciou o fato – e que preferiu não se identificar – relatou que a garota ficou ferida depois de ser atingida por uma bala perdida, em um confronto entre policias militares à paisana e assaltantes que tentavam roubar um restaurante.

De acordo com a proprietária do restaurante assaltado, Silvana Giovanella, um homem que se passou por cliente do estabelecimento após pedir o almoço rendeu os filhos dela. "Ele pediu dinheiro, apontou uma arma para meu marido também". O homem saiu do local e dois clientes, que seriam os dois policiais militares, perguntaram se a situação se tratava de um assalto.

Os policiais, que estavam à paisana, seguiram o suspeito, que estava com outro homem do lado de fora. Após a abordagem, teria havido a troca de tiros e os suspeitos teriam fugido. De acordo com Enio Gionvanella, um dos proprietários do restaurante, foram disparados três tiros durante a confusão.

Posicionamento

Após uma semana do ocorrido, a Polícia Militar informou que deve se pronunciar hoje sobre o disparo efetuado pelo policial. Até ontem, a corporação mantinha o mesmo posicionamento do dia dos disparos, em que dizia ser prematura alguma posição sobre o caso e que o fato era investigado pela PM em um Inquérito Policial Militar (IPM).

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