O principal suspeito de matar quatro travestis em Curitiba entre abril e maio foi morto em tiroteio com a Polícia Civil na noite de quinta-feira em um apartamento no Centro de Curitiba. Hirosshe de Assis Eda, de 34 anos, o Japonês, resistiu à prisão atirando contra os policiais que cumpriam mandado de prisão. O investigador Valter Aquino Pimentel, de 49 anos, da Delegacia de Homicídios (DH), foi baleado. Encaminhado ao Hospital Cajuru, o policial passou por cirurgia, mas morreu no começo da tarde de ontem.
Uma mulher que estava no apartamento, identificada apenas como Elen, também morreu. Seis pessoas foram presas no local, incluindo o ex-policial civil Gerson Saldanha morador do apartamento. Um adolescente também foi detido. No imóvel e no carro de Eda foram encontradas pequenas quantidades de maconha e crack.
De acordo com o delegado-titular da Homicídios, Hamilton da Paz, Eda liderava um grupo de traficantes que pretendia dominar a venda de drogas na região central de Curitiba, principalmente na área onde atuam travestis e prostitutas. Para manter o controle da região, o grupo usava de violência contra prostitutas, travestis e usuários em geral que ficassem devendo aos traficantes ou que comprassem a droga de outros fornecedores uma das vítimas chegou a ter as mãos decepadas.
"As mortes desses quatro travestis [Juliana, morta no dia 27 de abril perto do Trevo do Atuba; Fernanda, assassinada em 4 de maio, também no Atuba; Jennifer, morta no Centro no dia 6 de maio; e Dara, assassinada nas Mercês em 26 de maio] não estão relacionadas à homofobia, e sim ao tráfico de drogas. Todos eles eram usuários ou traficavam", ressalta o delegado.
Ao receber denúncia de que uma prostituta seria a próxima vítima do grupo, policiais da Homicídios passaram a monitorá-la. Quando Eda a abordou no Terminal Guadalupe, por volta das 19h30, os policiais anunciaram a prisão. Houve tiroteio, mas Eda conseguiu fugir junto com uma mulher que agora é procurada pela polícia.
Eda foi encontrado no apartamento do ex-policial, na Rua Doutor Pedrosa. Dependente químico, Saldanha foi expulso da polícia em 2006. Desde então, de acordo com as investigações, ele trabalhava para o tráfico. Um morador do edifício confirma que há tempos os vizinhos reclamavam da movimentação de pessoas estranhas no apartamento.
Ao arrombarem a porta, os policiais foram recebidos a tiros. Encurralado, Eda se escondeu debaixo de uma cama.
O corpo do investigador Valter Aquino Pimentel será enterrado hoje no Cemitério Jardim da Saudade 1, no bairro do Portão (zona sul).
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