Demanda
Shoppings não demonstraram interesse por Cepacs, diz Scatolin
Além do valor maior, o baixo interesse de três novos shoppings que querem se instalar no entorno da Linha Verde (Jockey Plaza, Atuba e Park Shopping Boulevard) em comprar os papeis também marcou esse segundo leilão de Cepacs. No primeiro leilão, algumas fontes dizem que os investidores do Jockey Plaza empreendimento que deve ser erguido no Tarumã compraram 80% dos papeis negociados.
De acordo com Fábio Scatolin, nesse segundo leilão, nenhum dos shoppings concretizou suas demandas por Cepacs. "Mas em algum momento eles deverão tomar a decisão se vão investir ou não nos títulos".
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do Shopping Atuba informou que os responsáveis pelo shopping compraram, sim, papéis nesse segundo leilão e que a licença de instalação do empreendimento está em fase final. A assessoria não informou, porém, quantos títulos foram negociados. Além do Jockey Plaza e do Atuba, a região da Linha Verde também deverá ganhar o Park Shopping Boulevard no Xaxim.
Mudanças
Apesar do otimismo, o secretário municipal de Planejamento não descarta eventuais alterações nas regras do Cepac da Operação Consorciada da Linha verde. "Não [é] que haverá mudança. Mas vamos discutir o assunto porque há setores que não concordam com a regra que foi feita quatro anos atrás. Então precisamos avaliar", diz Scatolin.
Apontadas inicialmente como uma das principais fontes de recursos para o pacote de obras da Linha Verde, principalmente no trecho norte, as negociações dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepac) já não são tão determinantes assim para a conclusão da via que corta 22 bairros de Curitiba.
De acordo com o secretário municipal do Planejamento, Fábio Scatolin, a inclusão do trecho urbano da BR-116 no PAC Mobilidade Urbana, que trará mais R$ 268,5 milhões via financiamento federal para as intervenções no local, fez com que o valor arrecadado com os títulos virasse apenas um complemento no projeto.
"O objetivo desse leilão, basicamente, é complementar a Linha Verde. Estamos com quase R$ 300 milhões do governo federal pra aplicar nessa via. Atualmente, a restrição maior não é arrecadar dinheiro [com os leilões] e sim dar liquidez aos pequenos empreendedores que fizeram seus empreendimentos na região", afirmou o secretário.
Até o momento, já foram comercializados R$ 34,7 milhões desses títulos na Bolsa de Valores de São Paulo 77% desse valor no primeiro leilão. O da última quinta-feira vendeu menos de 20% dos títulos ofertados e rendeu R$ 6,4 milhões. A expectativa inicial era de que a ferramenta rendesse ao todo R$ 1,2 bilhão aos cofres municipais quantia que dependerá de novos leilões. Ainda não há uma data para o próximo leilão.
O preço do segundo leilão partiu de R$ 325, contra R$ 200 de valor inicial do primeiro. Para o economista Fábio Tadeu Araújo, da Brain Consultoria, isso explica a baixa procura. "A principal explicação para esse fracasso é o preço. O valor do primeiro leilão já era alto para o padrão de empreendimentos que devem se instalar na Linha Verde. Além disso, se o mercado imobiliário tivesse tido um aumento como esse dos Cepacs, o mundo teria vindo abaixo", argumentou.
Scatolin, entretanto, vê a operação como algo para médio e longo prazos. "O projeto do Cepacs é para daqui 20 anos e quase R$ 7 milhões arrecadados não é pouco. Os leilões da Operação Água Espraiada de São Paulo também oscilaram e somente depois do quinto ou sexto é que eles começaram a ter a demanda esperada."
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