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Está marcado para quinta-feira, na pauta do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), um novo julgamento sobre o caso do ex-deputado estadual do Paraná Luiz Fernando Ribas Carli Filho, acusado de matar dois jovens em um acidente de trânsito em maio de 2009, em Curitiba. O tribunal vai, entre outras coisas, emitir um novo parecer sobre o julgamento em júri popular.

O TJ já havia decidido que Carli Filho seria julgado em júri popular em 2011, e o julgamento estava marcado para o ano passado. Entretanto, problemas técnicos ocorridos durante o andamento do processo e questionados pela defesa fizeram com que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendesse o processo e exigisse uma nova decisão por parte do tribunal estadual.

Caso a decisão seja mudada, Carli Filho será julgado em uma vara de trânsito, e, de acordo com o advogado Elias Mattar Assad, assistente da acusação pela família da vítima Gilmar Rafael Yared, nesse caso a pena pode passar de 12 a 30 anos para, no máximo, quatro anos em regime aberto. "O tribunal já decidiu uma vez a mandar no júri popular, é coerente que ele mantenha a sua postura. Não vejo motivos para uma mudança tão radical assim", acredita o advogado sobre a decisão do TJ.

Também será analisada a inserção ou não nos autos do processo do exame de alcoolemia, realizado no hospital enquanto Carli Filho estava desacordado. Assad garante que o fato é indiferente diante das provas já coletadas. "Temos um motorista embriagado com prova testemunhal, imagem dele com taças de vinho na mão e a confissão, durante o interrogatório, de que havia ingerido vinho naquela noite", enumera.

O advogado René Dotti, que faz a defesa do ex-deputado estadual, preferiu se manifestar sobre o caso só após a apreciação do TJ.

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