Todos os 11 presos acusados de tentar fraudar o vestibular de medicina do Centro Universitário de Maringá (Cesumar) foram liberados após pagamento de fiança de R$ 2 mil. Os três primeiros saíram por volta das 2h30 desta segunda-feira (30). Os outros foram liberados durante o período da manhã. Eles foram detidos na tarde de domingo (29), durante a realização do concurso.
Os envolvidos foram presos após detectores de metais apontarem a presença de pontos eletrônicos e celulares escondidos em suas roupas. Todos foram encaminhados para a delegacia e, segundo a Polícia Civil, a maioria confessou a tentativa de fraude. No total, a polícia apreendeu 11 celulares e três pontos eletrônicos.
De acordo com o Cesumar, eles foram identificados em momentos diferentes. Alguns foram pegos após saírem do banheiro; outros por atitudes suspeitas durante a realização das provas. Em todos os casos, a organização do vestibular submeteu os estudantes ao detector de metais. A Polícia Civil diz acreditar que os envolvidos não trabalhavam em grupo, já que são de regiões diferentes São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Todos os 11 envolvidos foram desclassificados do concurso, pois, segundo a instituição, sabiam que não poderiam utilizar pontos eletrônicos durante prova e que deveriam ter guardado os celulares em sacos plásticos entregues pela instituição antes do início do concurso.
"Eles falaram que receberam propostas e cada um informou um valor [pelo serviço] diferente. Todos aceitaram em receber o gabarito através de mensagem no celular", contou o delegado da Polícia Civil, Laércio Fahur. "Ainda estamos investigando quais pessoas estavam por trás das mensagens, pois eles [os 11 envolvidos na tentativa de fraude] não souberam informar."
Segundo o Cesumar, o vestibular não corre o risco de ser cancelado. A explicação é de que os acusados foram identificados e encaminhados para a delegacia por volta das 16 horas, uma hora antes do horário mínimo determinado para entrega das provas.