Temporais
Chuva perde força e Santa Catarina registra 12.ª ocorrência de neve no ano
Uma tímida e rápida neve caiu no início da tarde de ontem em São Joaquim, na serra de Santa Catarina. Segundo o jornal Diário Catarinense, foi a 12ª ocorrência no estado neste ano, mesma quantidade de 1990, a maior registrada até então. A previsão meteorológica era de mais neve entre a noite de ontem e a madrugada de hoje na região serrana.
A queda na temperatura coincide com a trégua dos temporais que causaram prejuízos em pelo menos 72 cidades catarinenses no fim de semana. De acordo com o Ciram, o centro de meteorologia do estado, as chuvas começaram a perder força e devem diminuir ainda mais nos próximos dias. Ao todo, 22 mil pessoas foram afetadas pelo mau tempo, segundo o mais recente boletim divulgado pela Defesa Civil estadual. Destas, 17,4 mil tiveram de sair de suas casas devido às enchentes.
Apesar da trégua, alguns municípios ainda têm bairros com várias ruas alagadas. Em Rio do Sul, onde a prefeitura estuda decretar estado de calamidade pública, a estimativa é que 186 famílias ainda estejam em abrigos. As aulas nas redes estadual e municipal da cidade cotinuam suspensas hoje. Postos de saúde também tiveram de ser fechados em diversos locais. A previsão é que as atividades sejam retomadas até a próxima semana.
Emergência
Nove cidades declararam situação de emergência. O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), assinou um decreto de situação de emergência no estado que prevê ajuda para 50 municípios.
Sete municípios paranaenses decretaram situação de emergência em virtude dos estragos causados pelos temporais que atingiram o estado no último fim de semana. São eles, Corbélia, Marquinho, Nova Prata do Iguaçu, Realeza, São João, Salto do Lontra e Verê. O decreto agiliza a liberação de recursos dos governos do estado e federal. Segundo a Defesa Civil Estadual, quase 60 mil pessoas foram afetadas em 46 municípios. Dessas, 2.511 continuam desalojadas e 25 desabrigadas.
O tornado que atingiu o município paulista de Taquarituba (a 328 km de São Paulo) pode ter chegado a ventos superiores a 138 quilômetros por hora (km/h). Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a marca faz com que o fenômeno natural seja classificado como F1 (fraco) na escala internacional de furacões (Fujita), que vai até F5.
De acordo com a meteorologista Neide Oliveira, perita em mais de dez casos de tornado no Brasil, somente uma análise criteriosa das imagens dos danos pode proporcionar um veredicto sobre qual a real velocidade do tornado que matou duas pessoas, feriu 64 e desabrigou centenas no município paulista. "Pelas imagens, os ventos na cidade superaram facilmente os 100 km/h. Ainda será feito um estudo neste sentido, mas tranquilamente foi um evento de magnitude entre F0 e F1", disse.
Segundo Neide, não há estações meteorológicas do Inmet em Taquarituba, porém as medições feitas em cidades vizinhas, como Cerqueira César, Jacarezinho e Avaré, mostram que os ventos na região superaram os 54 km/h. A meteorologista disse que a velocidade do vento não é necessariamente um evento novo no país. Neide disse que em algumas oportunidades os ventos podem superar os 150 km/h.
A diferença do fenômeno de Taquarituba é que houve a formação do cone e este tocou o chão. "A diferença de pressão faz com o tornado se torne um verdadeiro "aspirador" arrasando tudo na frente."
Frequência
Apesar de ser um fato ainda considerado raro pelos especialistas, o fenômeno natural vem se tornando frequente em diversas regiões do país. As mudanças climáticas podem ser as causas deste avanço no número de ocorrências.
"De anos para cá a incidência de tornados vem se tornando frequente, principalmente na área rural das cidades. No oeste do Rio Grande do Sul e no interior de São Paulo são áreas onde o relevo e o clima são propícios à formação de tornados, que é um fenômeno extremamente perigoso, pois ele se forma repentinamente e causa uma grande catástrofe em poucos minutos", disse Neide.
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