São Paulo Controladores de tráfego aéreo que operam no Cindacta 1, em Brasília (DF), e que foram ouvidos pela reportagem sob condição de sigilo, repudiaram a convocação extraordinária determinada pelo Comando da Aeronáutica ontem, véspera do feriado da Proclamação da República.
Entre os controladores, o clima é de preocupação quanto à sobrecarga de trabalho. Parte deles deixou o Cindacta às 6h30, após o término do expediente noturno, e teve que retornar poucas horas depois.Outros estão sem nenhuma folga desde a primeira convocação extraordinária, feita há 12 dias, no feriado de Finados.
Os profissionais temem que a sobrecarga traga problemas de saúde.
Desde o acidente com o Boeing da Gol que matou 154 pessoas no último dia 29 de setembro, diversos controladores do Cindacta 1 pediram afastamento de suas funções.
Destes, dez presenciaram o choque entre o Boeing e um Legacy norte-americano, antes da queda do avião comercial.
No fim de outubro, o delegado da Polícia Federal Renato Sayão, responsável pela investigação sobre o acidente, tentou ouvir o grupo, mas todos faltaram.Eles alegaram estar sob tratamento psiquiátrico e psicológico.
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