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| Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo

Diante da incerteza sobre o pagamento dos salários e vale-alimentação e da insatisfação quanto à renovação do Acordo Coletivo de Trabalho, servidores da Urbs aprovaram indicativo de greve em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (24). Os trabalhadores decidiram paralisar as atividades a partir de segunda-feira (27).

Outro lado

Por meio de nota, a Urbs afirmou estar estudando alternativas para viabilizar o pagamento dos salários dos 1.566 funcionários até o quinto dia útil de agosto. O vale-alimentação já teria sido liberado ainda nessa sexta-feira (24).

De acordo com o Sindiurbano-PR, em mesa redonda realizada na manhã de quinta-feira (23) entre o sindicato e a direção da Urbs junto à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), a empresa teria afirmado que os pagamentos poderiam ser realizados entre essa sexta-feira (24) e o quinto dia útil de agosto (dia 7, uma sexta-feira), podendo acarretar um atraso de até 13 dias nos pagamentos.

Entretanto, como o Acordo Coletivo de Trabalho prevê que os depósitos sejam feitos até o dia 25 de cada mês e a proposta de reajuste salarial apresentada pela empresa não agradou aos trabalhadores, a paralisação foi aprovada.

Ainda na tarde dessa sexta-feira, a Justiça do Trabalho atendeu solicitação da Urbs e determinou que pelo menos 50% dos funcionários permaneçam em seus postos de trabalho durante a greve. A decisão liminar estipula ainda multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento. O Sindiurbano-PR informou não ter sido notificado sobre a decisão até o fim da tarde de hoje e reafirmou que a paralisação deve ser total.

Data base

A contraproposta apresentada pela Urbs para o Acordo Coletivo de Trabalho 2015/2016 consiste em reajuste salarial de 8,34% dividido em quatro parcelas a serem pagas entre agosto desse ano e abril de 2016. O reajuste referente à inflação de maio de 2014 e abril de 2015 incidiria apenas sobre o salário, e não sobre o vale-alimentação, como reivindicam os trabalhadores, que também exigem pagamento em parcela única retroativo a maio, mês da data base.

O que para

Caso a greve seja deflagrada, o sindicato estima que a adesão seja grande. A paralisação comprometerá o gerenciamento e a fiscalização do transporte coletivo (serviços de emissão e carregamento do cartão-transporte, por exemplo, são interrompidos), a manutenção e limpeza da rodoviária e o gerenciamento e fiscalização dos táxis.

Vale lembrar que a greve da Urbs não afeta a operação do transporte coletivo.

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