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Funcionários da fábrica da Kraft Foods Brasil, localizada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), bloquearam os dois sentidos da BR-376 (Contorno Sul), em frente à empresa, no início da manhã desta sexta-feira (14), complicando o trânsito na região. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a interdição ocorreu entre 6h30 e 7h30, mas até as 8 horas ainda deixava lento o movimento dos veículos que passavam pelo ponto, no km 600. A previsão é que até as 9 horas o tráfego esteja normalizado.

A PRF não soube dizer quantas pessoas participaram do bloqueio. De acordo com organizadores, mais de dois mil manifestantes estiveram no local. Filas de até cinco quilômetros foram registradas em cada sentido da rodovia.

A manifestação faz parte da Jornada Nacional Unificada de Lutas, organizada em várias cidades do Brasil pelas Centrais Sindicais, com apoio de outras entidades, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e a Via Campesina. O presidente do sindicato dos trabalhadores da Kraft, José Agnaldo Pereira, que também preside a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), conta que a manifestação em frente à empresa alimentícia não foi especificamente direcionada à direção da companhia. "Demos início aos protestos que serão realizados em Curitiba", diz.

As reivindicações dos manifestantes incluem a redução da jornada de trabalho sem corte nos salários, redução das taxas de juros, reforma agrária e urbana, investimentos em políticas sociais, ampliação dos direitos trabalhistas, entre outros. "Aproveitamos para reiterar nosso pedido pela construção de uma passarela na BR-376 para a travessia dos trabalhadores da Kraft", diz Pereira.

Depois de desocupar a estrada, o grupo iria, em ônibus, para a Praça Santos Andrade, no Centro, onde haverá a concentração dos demais movimentos sociais que participam da Jornada Nacional Unificada de Lutas em Curitiba. Os manifestantes pretendem fazer, ainda durante a manhã, uma passeata pelas ruas da cidade que deve terminar na Boca Maldita ao meio-dia.

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