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O Ministério da Defesa (MD) do Brasil considera o trabalho de segurança na Olimpíada no Rio de Janeiro muito mais complexo que o da Copa do Mundo 2014. Mesmo assim, serão empregados quase 20 mil homens das Forças Armadas a menos que no evento de futebol. No ano que vem, serão 38 mil militares, enquanto no evento do ano passado foram usados quase 60 mil.

Os Jogos Olímpicos acontecerão em quatro setores (Deodoro, Copacabana, Barra da Tijuca e Maracanã) da capital fluminense. Na Copa, eram 12 sedes espalhadas pelo país. Na Olimpíada, as partidas de futebol também estarão sediadas em outras capitais (Brasília, São Paulo, Salvador e Belo Horizonte).

Segundo o ministério, as forças de segurança se valerão da experiência adquirida em outros grandes eventos realizados no país, como a Rio+20 e a Jornada Mundial da Juventude. O orçamento do ministério para a segurança nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos é de R$ 674 milhões, sendo R$ 275 milhões em 2014, R$ 199 milhões em 2015 e com previsão no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2016 de R$ 200 milhões.

“O enfrentamento ao terrorismo faz parte de uma ação integrada formada por três eixos: segurança pública, defesa e serviço de inteligência, que tem como base o Plano Estratégico de Segurança Integrada (Pesi). Essa estrutura vem sendo continuamente analisada, testada e aprimorada”, afirma a Defesa, em texto.

O ministério explica que mantém intercâmbio com outros países. Lembra também que as medidas contraterroristas para os Jogos Olímpicos são tratadas pelo Comando Conjunto de Prevenção e Combate ao Terrorismo (CCPCT), que age em integração com o Ministério da Justiça e Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O Plano de Segurança será apresentado pela Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça nesta terça (25) e quarta-feira (26) , no Rio de Janeiro, para autoridades de segurança dos países com atletas participantes e aos comitês.

sem respostas

A reportagem tentou entrevistar representantes da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado da Segurança Pública do estado fluminense, da Subsecretaria Extraordinária de Grandes Eventos daquele estado. Todas as instituições indicaram a Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos (Sesge), ligada ao governo federal, para comentar o tema. A pasta não respondeu as perguntas enviadas até o fechamento desta edição e também não indicou um entrevistado. A Abin foi procurada, mas ninguém atendeu as ligações.

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