O búlgaro Petko Kinilov Sarnikolov, 55 anos, que acabou morrendo no domingo (27) enquanto policiais federais vistoriavam sua bagagem no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, estava no terminal errado.
O traficante, que tentava embarcar com 1,5 kg de pasta base de cocaína na mala, deveria seguir para Guarulhos (SP) pelo Aeroporto Internacional Guarani, em Minga Guazú, município paraguaio vizinho a Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil.
Ainda no domingo, enquanto davam andamento ao caso, os agentes desconfiaram do fato de o estrangeiro não portar dinheiro, cartão de crédito e nem bilhete de embarque. Junto às companhias aéreas que atuam no aeroporto de Foz do Iguaçu, descobriram no dia seguinte que não havia qualquer reserva em nome de Sarnikolov.
Posteriormente, os policiais chegaram à informação de que ele partiria de Mingua Guazú para São Paulo, passando depois Lisboa, em Portugal, e Madri, na Espanha.
A polícia acredita que dificuldades com a língua teriam provocado a confusão. O búlgaro estava hospedado em um hotel em Ciudad del Este, onde provavelmente adquiriu a droga. Do hotel teria que seguir até o Aeroporto Guarani, a cerca de 20 km do centro da cidade, o que acabou não acontecendo.
Já em Foz do Iguaçu, a 50 km de onde deveria iniciar a viagem para a Europa, chamou a atenção dos policiais pelo nervosismo. Ao ser bordado passou mal e teve um ataque cardíaco. Ele chegou a ser levado para a sala de primeiros-socorros, mas não resistiu.
O corpo do búlgaro permanece no Instituto Médico Legal (IML) de Foz do Iguaçu desde domingo. A Polícia Federal notificou o caso à embaixada da Bulgária, em Brasília, mas até o final da tarde desta terça-feira (29) não havia sido feito qualquer retorno a fim de se iniciar o procedimento de liberação do corpo.