Treze pessoas foram presas na operação
- RPC TV
O traficante paraguaio Carlos Arias Cabral, conhecido como Líder Cabral, foi preso na manhã desta quarta-feira (14) no município de Planalto, sudoeste do Paraná. Cabral é considerado um dos principais traficantes do Paraguai e responsável por grande parte da maconha que entra no Brasil. Outras 12 pessoas foram presas na Operação Liderança da Polícia Federal (PF) que ocorreu simultaneamente no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
As investigações começaram há um ano e foram realizadas em conjunto pelos dois países. De acordo com a PF, no começo das investigações os agentes não sabiam que um dos investigados era Cabral, já que ele usava diversos nomes para esconder sua identidade. Cabral tinha três documentos de identidade, um no Paraguai e outros dois na Argentina e no Brasil.
Nos últimos meses, Cabral se refugiou na cidade argentina de Andresito, pois temia ser morto por outros traficantes que atuam na região da fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Em 2002, ele já havia entrado em confronto com o traficante Fernandinho Beira-Mar, numa disputa pelo controle do tráfico de drogas na fronteira. Da Argentina, segundo as investigações, Cabral passou a manter relações com as cidades paranaenses de Planalto e Capanema, onde era visto constantemente.
A quadrilha de Cabral também estaria planejando assassinar o traficante Carlos Antônio Caballero, o "Capilo" ou "Embaixador", apontado pelos agentes como um dos supostos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) do Brasil no Paraguai.
Entre os presos também está um policial rodoviário estadual que é acusado de corrupção. Em entrevista ao telejornal Paraná TV 2ª Edição, da RPC TV, o delegado da PF, Érico Sacconato, explicou que os presos nesta quarta-feira integravam duas quadrilhas. Uma terceira quadrilha ainda trabalha no Paraguai e deve ser a responsável pelos carregamentos de maconha apreendidos nas últimas semanas pela PF.
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