A prisão de sete pessoas depois de novo confronto com a Força de Pacificação no Complexo do Alemão na noite desta segunda-feira (05), no Rio de Janeiro, e um vídeo divulgado pelo Exército nesta terça-feira (06), em que dois homens aparecem vendendo drogas e armados na Vila Cruzeiro, mostram que os traficantes estão voltando a desafiar as autoridades nas comunidades retomadas pelo Estado em novembro do ano passado.
A avaliação de militares e policiais é de que traficantes que permaneceram ou voltaram às comunidades estão incitando protestos violentos. O Exército fica no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro até junho do ano que vem, quando serão substituídos pelas Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs).
O conflito de ontem começou, segundo o Exército, após manifestação pacífica de moradores contra a atuação de militares durante distúrbio ocorrido no dia anterior no Morro da Alvorada, que terminou com dez feridos. Segundo o major Marcus Bouças, relações-públicas da Força de Pacificação, motoboys começaram a circular pela comunidade fazendo ameaças e anunciando o retorno da facção criminosa que dominava o local. "Houve uma manifestação de motoboys com ameaças, xingamentos e gritos de retorno das facções criminosas. Nós tivemos que intervir", disse Bouças.
Acusados de desacato, desobediência, baderna e lesão corporal, os presos foram levados para a 22.ª DP (Penha) e, posteriormente encaminhados à carceragem da Polinter. De acordo com o delegado José Pedro da Silva, titular da 22.ª DP, eles não são traficantes, mas obedecem às ordens dos criminosos. "Eles foram incitados por pessoas interessadas na continuidade no tráfico de drogas e estavam fazendo tumulto", explicou o delegado. "Moram na localidade, tem afeição e interesses, e por isso fazem esse tumulto", disse Silva.
O vídeo divulgado nesta terça-feira (06) pelo Exército mostra dois homens armados de pistola vendendo drogas e contando dinheiro numa boca de fumo na Vila Cruzeiro. As imagens foram feitas no domingo, antes do confronto no Morro da Alvorada. Os militares prenderam 12 pessoas. Os dois homens que vendiam entorpecentes foram indiciados por associação ao tráfico, mas foram liberados após o registro na 22.ª DP, pois não foram apreendidas drogas com eles.
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