Rio de Janeiro - Um ataque incendiário de traficantes contra um micro-ônibus deixou 12 passageiros feridos na noite de terça-feira em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio. Seis estão internados em estado grave. O atentado ocorreu após a prisão de um traficante com 75 papelotes de cocaína na Cidade de Deus. Foi o pior incidente na favela onde o tráfico de drogas resiste à ocupação pela Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), desde fevereiro de 2009.
A confusão começou após a prisão de Leandro Oliveira da Silva, 19 anos, flagrado por policiais com cocaína. Meia hora depois, por volta de 21h40, a polícia recebeu o alerta sobre o ataque. Segundo o motorista do micro-ônibus, que faz a linha 701 (Madureira-Alvorada), uma mulher grávida fez o sinal e ele parou. Quatro homens quebraram o para-brisas com pedras, jogaram combustível e atearam fogo. "Peguei meu casaco para bater nas pessoas que estavam em chamas", disse Edson de Souza Cerqueira.
O caso mais grave é o de Laís Melo Rodrigues, 21 anos, que teve 48% do corpo queimado e está internada no Hospital Souza Aguiar. As queimaduras atingiram o tórax e as mãos da vítima. No Hospital Cardiotrauma, em Ipanema (zona sul), a estudante de direito Ana Sheila Souza, de 21, está internada no CTI com 40% do corpo queimado. As lesões de 3.º grau são na face e no tórax da vítima.
A Polícia Civil do Rio ouviu os depoimentos de mais de 50 pessoas. Três suspeitos (a irmã, o pai e um primo de Silva) negaram envolvimento no ataque. O pai do suspeito foi indiciado por desacato. Ele teria xingado os policiais militares de "palhaços". Pelo menos 25 pessoas que estavam no veículo não tiveram tempo de sair.
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