Um passeio de fim de semana acabou em tragédia no litoral. O.D.C*, de 22 anos, foi morto em uma gruta da Praia dos Amores, atrás do Morro do Boi, em Caiobá. A namorada dele, M.P.L, 23, foi estuprada e baleada e está internada no Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá, em estado grave. Os dois são de Curitiba.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, que fez o resgate, o casal estava em uma trilha no Morro do Boi, na tarde de sábado, e pretendia chegar à Praia dos Amores. Na trilha, teriam pedido informações a um desconhecido, que se ofereceu para levá-los até o local.
A moça contou aos bombeiros que, chegando à gruta, por volta das 17h30, o agressor teria tentado abusar sexualmente dela. Ao defendê-la o namorado levou um tiro no peito. A jovem foi atingida por dois disparos nas costas e ficou caída no local, enquanto o agressor fugiu.
Perto das 21 horas, o criminoso voltou até o local e violentou M.P.L. De acordo com o delegado Tadeu Belo, de Matinhos, as investigações já foram iniciadas, mas ainda não há informações concretas sobre o suspeito, pois M.P.L está em estado de choque e não consegue dar muitas pistas.
Buscas e resgate
Apesar de o crime ter ocorrido no sábado, os dois jovens só foram localizados na tarde de domingo. Segundo o tenente Santos, do Corpo de Bombeiros, a família de O.D.C que também estava no litoral ligou para a corporação comunicando o desaparecimento do casal na manhã de ontem. Com a informação de que eles poderiam estar perdidos no Morro do Boi, os bombeiros iniciaram as buscas.
Por volta das 13h30, a jovem foi encontrada e levada de barco para a Praia Mansa de Caiobá, e, depois, de ambulância para o Quartel dos Bombeiros de Matinhos. Próximo às 16 horas, foi encaminhada para o Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá, em estado grave, de helicóptero. A suspeita era de que os disparos tivessem ocasionado perfuração no pulmão.
Segundo a assessoria de imprensa do hospital, M.P.L deu entrada às 17 horas em estado grave e foi operada para retirar as duas balas alojadas no peito.
* Para preservar a identidade das vítimas, seus nomes foram abreviados