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Brasília – Traições na oposição facilitaram a reeleição de Renan Calheiros para mais um biênio à frente do Congresso, com uma folga de 23 votos sobre José Agripino Maia. O placar – 51 votos para o PMDB e 28 dados ao pefelista, além de um branco e um nulo – foi produto de migrações de votos inesperadas. Os aliados de Renan, que na véspera previam um placar mais apertado, procuraram administrar o favoritismo em um patamar mais baixo, temerosos das traições que fariam migrar votos para Agripino.

Ontem, porém, todos constataram que houve, sim, traição, mas a maior vítima foi o pefelista, que deveria ter obtido ao menos 30 votos – 17 de seu partido e 13 do PSDB.

No PMDB, o próprio Renan admitiu publicamente ter perdido, para o adversário, os votos de três correligionários: Jarbas Vasconcelos (PE), Garibaldi Alves (RN) e Almeida Lima (SE).

Telefonema

Assim que foi proclamado o resultado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou para Renan e deu-lhe os parabéns.

Embora de agrado do Planalto, o placar final não pode ser interpretado como vitória do governo e sim fruto dos arranjos internos.

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