Paraná - Afonso Pena tem atrasos acima da média nacional
Curitiba O Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, registrou ontem um porcentual de atrasos de vôos acima da média nacional. Das 55 operações previstas até as 18 horas, entre pousos e decolagens, 23,6% atrasaram acima de uma hora, de acordo com o último boletim da Infraero, em Brasília. No país, 14% das viagens programadas registraram o mesmo problema.
Os transtornos no Afonso Pena foram causados principalmente pelo reflexo dos atrasos dos vôos nos aeroportos de São Paulo em função da chuva e das obras na pista principal de Congonhas. Os aeroportos de Florianópolis, Hercílio Luz, e de Porto Alegre, Salgado Filho, também sofreram com o efeito cascata. Nesses terminais, a proporção de atrasos foi de 40,9% e 20%, respectivamente.
São Paulo As transferências e os cancelamentos de 21,5% (167) dos 778 vôos operados no Aeroporto de Congonhas não foram suficientes para evitar uma série de atrasos, cancelamentos de vôos e reclamações de passageiros no primeiro dia de reconstrução da pista principal. As obras na pista principal de Congonhas devem durar 45 dias.
Pela manhã, segundo as empresas e a Infraero (estatal que administra os aeroportos), uma chuva fina transferiu para outros aeroportos pelo menos 22 vôos previstos para Congonhas. Um vôo da TAM, de Brasília a São Paulo, foi transferido para Ribeirão Preto (314 km da capital paulista).
Além disso, 23% (53) dos 229 vôos programados para o aeroporto de São Paulo sofreram atraso de mais de uma hora. Outros nove foram cancelados.
Na semana passada, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já havia autorizado a transferência de 51 vôos para o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Outros 106 foram cancelados temporariamente, segundo a agência, enquanto durar as obras a previsão é de 45 dias de trabalho.
Atualmente, o aeroporto está com 28 e 33 operações (pouso e decolagem, respectivamente) por hora, contra as 48 de média em dia normal, todas feitas na pista auxiliar.
Chuva forte
Um dos principais problemas de Congonhas hoje é a necessidade de fechamento para pousos e decolagens em caso de chuvas fortes. Isso porque a pista auxiliar, entregue na semana passada, ainda não tem o sistema de segurança, o chamado "grooving" ranhuras na pista para auxiliar o escoamento de água. O sistema será implantado dentro de 40 dias, segundo a Infraero.
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