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O trânsito intenso “facilitou” a implantação da Área Calma, no Centro de Curitiba, nesta segunda-feira (16). Com a nova regra, a velocidade máxima numa região que abrange 140 quarteirões fica restrita a 40 km/h. O fluxo foi constatado pelo Centro de Controle Operacional de Trânsito e Transporte de Curitiba (CCO), que monitora o tráfego na cidade.

O alto número de veículos obrigou os motoristas a trafegarem em velocidade reduzida já nas vias de acesso. Na prática, não houve necessidade de mudanças bruscas na chegada à região central.

A prefeitura de Curitiba irá fazer um balanço de autuações de trânsito e acidentes ao final do primeiro mês da Área Calma, em 15 de dezembro. O fluxo intenso fez com que muita gente sequer percebesse que a regra estava valendo, pela manhã. Já no pico de fim de tarde, por volta das 18h, a mudança dividiu motoristas.

Impressões

Alex Cervinski, que sai todas as tardes de Campo Largo com destino ao Centro de Curitiba, não viu diferença nenhuma. Para ele, as pessoas já andam a 40 km/h nessa região e, com isso, a nova regra não deve influenciar muito.

Opinião que contradiz a do taxista Valter Pedro Martins, 67, que foi taxativo: “pior segunda-feira da história, no trânsito”. Ele pegou no volante às 7h da manhã, sempre no trecho entre o Centro e Santa Felicidade. “O trânsito está uma porcaria, especialmente nessa parte calma”.

No táxi há 16 anos, Martins receia a cobrança dos passageiros: “muitas vezes saem atrasados e querem que a gente recupere o tempo”. Ele cita o caso da rodoviária, destino de muitos “atrasadinhos”, que teve vias de acesso (como as ruas Tibagi e André de Barros) incluídas na Área Calma.

Quem concordou que o trânsito estava mais lento, em especial na Rua Emiliano Perneta, foi Murilo Henrique da Silva, de 17 anos. Mas ele comemora a mudança. Há um ano Silva trabalha entregando galões de água no Centro e no Batel, de bicicleta, e acredita que com o trânsito mais lento “ficou melhor para a gente andar como pedestre e como ciclista”.

Radar

Ao todo, 22 radares monitoram 12 dos 133 cruzamentos que estão dentro do perímetro de Área Calma. Desses, 16 equipamentos foram remanejados de outras ruas por já terem cumprido com sua função nestes locais, segundo a prefeitura de Curitiba. Além dos equipamentos fixos, o município irá utilizar radares móveis na Área Calma.

A fiscalização será acompanhada pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TC), que fará uma “inspeção técnica” tanto nos equipamentos quanto nos contratos e procedimentos licitatórios, conforme determinado nesta segunda-feira pelo presidente do órgão, Ivan Bonilha. O TC também irá fiscalizar a aplicação de multas, e a contabilização destas junto ao Fundo de Urbanizção de Curitiba (FUC).

A s multas para quem desrespeitar o limite de 40 km/h pode variar de R$ 85,12 a R$ 574,61, conforme o porcentual excedido pelo motorista.

Alto fluxo

Além do maior número de carros nas ruas, em dois pontos da capital paranaense o trânsito foi crítico nesta segunda-feira. Ambos sem relação com a Área Calma. Na esquina das ruas Tibagi e Nilo Cairo, um caminhão bloqueou duas pistas, entre 15h e 18h, devido a uma obra de emergência da Sanepar.

O trânsito também ficou parado na esquina das avenidas Mário Tourinho e Padre Agostinho em função do alto fluxo de carros com destino ao Parque Barigui, onde foi realizada eleição para a nova diretoria da Seção Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR).

Confira a região da Área Calma:

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