O ônibus é o meio de transporte mais utilizado no país, mas ele poderia transportar um número de pessoas maior se fosse mais rápido. A conclusão é da pesquisa Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips) Mobilidade Urbana, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O levantamento revela que a velocidade é um fator determinante na hora da escolha do meio de transporte.
Boa parte das pessoas que se deslocam de bicicleta, carro ou moto respondeu que poderia se tornar usuário de ônibus se não houvesse tanta lentidão e atrasos. O gerente Luís Otávio de Sousa, 32 anos, morador de Brasília, gasta R$ 250 por mês de combustível. "O carro é o meio de transporte que uso diariamente para ir ao trabalho, por causa da comodidade e rapidez," disse.
Segundo ele, entre os motivos para não usar o transporte público estão o descumprimento do horário, a má conservação dos veículos e as poucas unidades circulando pelas ruas. "Não utilizo o ônibus porque fico horas na parada e ele não passa. Quando passa, é sempre cheio e na maioria das vezes quebra no meio do percurso", afirmou à Agência Brasil.
O auxiliar administrativo Adílson Ribeiro, 59 anos, utiliza a moto para ir trabalhar e para a maioria de seus compromissos. "Às vezes uso ônibus, mas o tempo que gasto na parada esperando é muito longo, daria para chegar ao meu destino se estivesse de moto. Além disso, [usar a moto] é mais barato e mais rápido, gasto, em média, R$ 100 com combustível", afirmou.
Uma das conclusões a que chegou o Ipea é a tendência de se alcançar melhores resultados a partir de investimentos em corredores de ônibus e metrôs, além de políticas tarifárias que permitam ampliar o número de usuários de transporte público.
Mais utilizado
O transporte coletivo é o meio preferido por 65% da população nas capitais e por 60% nas regiões metropolitanas. Em seguida vem o carro, com 23% de preferência em média nos dois cenários. A pesquisa mostra que no interior há uma queda brusca no número de pessoas que usam o transporte público: o porcentual cai para 24,5%. O carro, com 25% das respostas, é o meio de locomoção mais frequente.
O estudo solicitou aos entrevistados que avaliassem o meio de transporte utilizado, que foi dividido em três categorias: não motorizado (a pé e bicicleta), motorizado individual (carro e moto) e coletivo (transporte público). De acordo com a pesquisa, o transporte coletivo foi o único que ficou abaixo dos 50% no item "muito bom ou bom". Nessa mesma classificação, o transporte não motorizado obteve mais de 70% e o motorizado individual, mais de 80%.
Metodologia
A pesquisa, que se restringiu ao meio urbano e ao deslocamento de pessoas, foi realizada por meio de entrevistas domiciliares, em um total de 2.786 questionários válidos (com 30 questões), aplicados a maiores de 18 anos, entre os dias 4 e 20 de agosto de 2010, em 146 municípios.
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