Quem passou pela BR-376 na altura de São Luiz do Purunã, sentido Ponta Grossa-Curitiba, nos últimos dois meses, deve ter notado a presença de dois novos radares eletrônicos. Muitas vezes indesejados e vistos como "arapucas" destinadas a multar motoristas, desta vez os equipamentos surtiram o efeito desejado. Agora com a velocidade monitorada, o trecho entre os quilômetros 128 e 131 da BR-376 deixou de freqüentar a lista de pontos críticos da malha rodoviária que corta o Paraná.
Além dos dois radares na descida da serra, há outros dois na BR-376 no sentido interior-Curitiba, nos quilômetros 120 e 122, já na região de Campo Largo. Com isso, chega-se a quatro radares num trecho de dez quilômetros.
Segundo a Rodonorte, concessionária que administra a BR-376 entre São Luiz do Purunã e Apucarana, antes da instalação dos dois radares na região da serra eram registrados em média dois acidentes por semana no local. Desde que os equipamentos entraram em operação, a concessionária informa que nenhuma ocorrência foi registrada.
Para a Rodonorte, a causa do grande número de acidentes era a alta velocidade, incompatível com um trecho de curvas acentuadas. Além disso, em regiões de serra a visibilidade é prejudicada pelas condições climáticas. Essa combinação de fatores (além de outros, como cansaço) já resultou em muitos acidentes, entre eles um que deixou o quilômetro 131 da BR-376 nacionalmente conhecido no início da década de 1990, quando cerca de 40 pessoas morreram com a queda de um ônibus.
O tenente Sheldon Vortolin, da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), confirma que o trecho era problemático. "Principalmente em função das curvas", afirmou. "Dependendo da condição climática, chegávamos a registrar até dois acidentes por dia." Para Vortolin, os equipamentos deram resultado por inibirem os motoristas. "Quando colocávamos uma viatura no local, não havia acidentes. Era uma questão de velocidade muito alta." Apesar de ser de uma rodovia federal, o policiamento nesta parte da BR-376 é competência da PRE.
O índice de dois acidentes por semana em um trecho de pouco mais de três quilômetros é considerado alto. "Caracteriza o que chamamos de ponto negro", afirmou o especialista em trânsito e advogado Marcelo Araújo. "Já seria um número alto em um trecho urbano, com cruzamentos. Em rodovias não é de se esperar um número como esse."
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