Moradores de Cascavel, no oeste do Paraná, a aproximadamente 2,3 mil quilômetros do Chile, sentiram um tremor por volta das 3h40 da madrugada deste sábado, praticamente no mesmo horário em que um terremoto abalou o Chile. O Corpo de Bombeiros da cidade recebeu cerca de 50 ligações de pessoas da região central que relatavam o tremor e mostravam-se muito assustadas.
Não foi necessário deslocamento das unidades porque as referências eram de que não havia nenhum dano. Apenas eram passadas orientações para que se mantivesse a tranquilidade.
De acordo com o sargento do corpo de bombeiros Paulo Dirnei Orling de Oliveira, o tremor foi pequeno e afetou principalmente os moradores dos prédios mais altos.
Assim que soube da ocorrência do terremoto, a fotógrafa chilena Beatriz Collados, que mora em Curitiba, buscou contactar a família em Santiago. "Tentei ligar para o telefone fixo e os celulares, mas está tudo cortado", diz.
Os sismógrafos da Usina Hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu (Oeste), registraram o tremor. Os dados serão analisados segunda-feira (1.º) pelo Centro de Sismologia da Universidade de Brasília. A assessoria de imprensa da hidrelétrica explica que, como o tremor não aconteceu em Foz, os dados não serão analisados por Itaipu, pois não há interesse técnico.
O terremoto também provocou alguns reflexos em áreas do estado de São Paulo, segundo informações do professor George Sand, do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília. De acordo com o professor, esses reflexos são normais em terremotos dessa magnitude e devem ser sentidos nas regiões mais altas e em prédios.
Foram relatados tremores na cidade de São Paulo e na cidade de Praia Grande (litoral de SP) e, de acordo com o Corpo de Bombeiros de São Paulo, diversos moradores telefonaram relatando terem sentido tremores de terra nas regiões central e leste da cidade e na Avenida Paulista.
Com o fechamento do aeroporto de Santiago, as companhias aéreas TAM e Golcancelaram voos que partiam de São Paulo em direção à capital chilena.