Três acusados de assassinato de mulher em Almirante Tamandaré são julgados em Curitiba

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Começou às 9h desta quinta-feira (22), no 2º Tribunal de Júri de Curitiba, o julgamento dos três acusados da morte de Suzana Moura Gazani, de 22 anos, em 20 de abril de 2002, na cidade de Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba.

Ananias de Oliveira Camargo, Ozana Dias de Oliveira e Adão Ribeiro são acusados de homicídio e ocultação do cadáver, que foi encontrado em 5 de julho de 2002, cerca de dois meses e meio depois da morte.

Um dos réus, Ananias de Oliveira Camargo, foi acusado de três outros homicídios, sendo um de um suposto participante de um grupo de extermínio que ele também faria parte. A previsão é que a sentença saia ainda na noite desta quinta-feira

Vários casos seguem sem solução em Almirante Tamandaré

Entre 1999 e 2002, pelo menos 23 mulheres foram mortas em Almirante Tamandaré, porém muitas mortes não foram desvendadas pela polícia.

Em dois casos, das mortes de Maria da Luz Alves dos Santos e Joyce Devitte Katovich, 17 réus, entre eles policiais e ex-policiais, aguardam em liberdade o julgamento no júri popular.

Quem foi condenado por uma das mortes que ocorreram no município na época foi o servente Luciano Reis dos Santos, que confessou o homicídio da professora Teresinha Elizabete Kepp. Ele pegou 21 anos de prisão.

Porém, vários casos continuam sem solução. A morte de Vanessa Ekert é um exemplo. Num primeiro momento dois motoqueiros foram presos como suspeitos. Eles ficaram quase três anos na cadeia, até se descobrir que havia um engano: testemunhas voltaram atrás e disseram que o autor do crime era um ex-policial militar. Os rapazes detidos foram absolvidos em júri popular.

Outro caso envolto em mistério é o da professora Natalina de Fátima Kapp, que desapareceu na noite de 28 de março de 2001, no trajeto entre o trabalho, em Curitiba, e a sua residência, no distrito de Tranqueira, em Almirante Tamandaré. O corpo foi encontrado numa chácara, dentro de um matagal, uma semana depois. Nenhum suspeito foi preso.

A defesa dos acusados do julgamento desta quinta-feira defende que o caso não tem nenhuma relação com os demais. A reportagem não conseguiu contato com a promotoria.