São Paulo – A CPI dos Sanguessugas deve ouvir hoje os depoimentos de Jorge Lorenzetti, analista de mídia e risco do PT e churrasqueiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Valdebran Padilha da Silva, filiado ao PT do Mato Grosso, e Gedimar Pereira Passos, advogado e ex-policial federal. Os três são acusados de envolvimento na compra de um dossiê pelo PT contra políticos tucanos.

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Na terça-feira passada, por falta de quórum, a comissão cancelou a reunião administrativa para votar requerimentos de quebra de sigilos e de convocação para depoimentos.

Os deputados Fernando Gabeira (PV-RJ) e Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), membros da comissão, estiveram nesta semana em Cuiabá (MT) em busca de documentos sobre a máfia das ambulâncias.

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Petrobrás

Integrantes da CPI defendem o aprofundamento das investigações sobre a troca de telefonemas entre Hamilton Lacerda, um dos petistas que teriam negociado o dossiê antitucano, e o gerente de Comunicação Institucional da Petrobrás, Wilson Santarosa.

A Polícia Federal investiga a troca de 15 ligações telefônicas entre 2 de agosto e 14 de setembro, um dia antes da prisão de Gedimar Passos e Valdebran Padilha com o R$ 1,7 milhão que seria usado para a compra do dossiê. Lacerda, que foi expulso do PT, é apontado pela PF como o homem que entregou o dinheiro a Gedimar.

"As datas das ligações são um indicativo da participação do Santarosa no caso. Isso merece e deve ser investigado pela CPI’’, disse Carlos Sampaio (PSDB-SP), um dos sub-relatores da comissão. Amanhã a CPI pretende aprovar requerimento de convocação de Lacerda.

Sampaio pediu à CPI um cruzamento das ligações trocadas e, segundo ele, "houve ligações, em um número elevado, apenas em um período específico, o da negociação do dossiê.’’

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A assessoria de imprensa da Petrobrás afirma que as ligações ocorreram porque Lacerda pleiteava ingresso para o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1. A estatal patrocina a montadora Willians.