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José Barbosa ganha mais vendendo coco na temporada do que como encanador | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
José Barbosa ganha mais vendendo coco na temporada do que como encanador| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Para muita gente que trabalha no comércio do Litoral na alta temporada (dezembro, janeiro e fevereiro) é o momento de trabalhar para garantir renda para o resto do ano. É o caso do vendedor de água de coco José Dirceu Barbosa.

Encanador nos meses de baixo movimento nas praias, ele encosta seu carrinho no calçadão de Caiobá todos os dias durante a temporada. A partir da última semana de dezembro, chega a faturar R$ 300 por dia. "Na baixa temporada eu faço ‘bicos’ de encanador e pedreiro. Onde vou conseguir um salário maior do que o que ganho com os cocos?", questiona.

O dinheiro que ganha na temporada mantém o padrão de vida nos outros meses. "Temos de fazer como o urso, que guarda a gordura para queimar no inverno", compara com bom-humor.

A realidade de Barbosa não é diferente da de outros comerciantes do Litoral, sejam ambulantes ou estabelecimentos com ponto fixo. Como o proprietário de uma loja de roupas em Pontal do Paraná, Joel Eliezer Matos. "Nos meses da alta temporada, abro a loja de domingo a domingo. Sei que é esse movimento que vai sustentar minha família nos meses seguintes", diz.

O agito do verão é importante também para as administrações municipais. O secretário de Finanças de Pontal do Paraná, Victor Kuck, explica que o município aumenta consideravelmente a arrecadação nesse período. Embora não tenha citado valores, ele diz que um dos motivos são as liberações de alvarás comerciais (para empresas e autônomos), que tem um peso relevante na conta do município. "Além disso, é na temporada que as pessoas de fora, que têm casa nas praias, pagam suas dívidas pendentes, como o IPTU", completa.

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