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O traficante israelense El Al Yoram, 35 anos, deverá permanecer por no mínimo 30 dias em Curitiba, sob investigação da Polícia Federal. A Interpol (Polícia Internacional) no Uruguai, a Polícia Nacional de Israel e o Departamento Antidrogas dos Estados Unidos (DEA) já pediram extradição do israelense, considerado o maior traficante de ecstasy do mundo. Sua prisão preventiva já foi decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Yoram chegou a Curitiba na madrugada de domingo e foi levado para a Superintendência da Polícia Federal. Nos próximos dias, deverá ser encaminhado para uma unidade de segurança máxima. Segundo o assessor da PF, Altair Menosso, o período deverá se estender um pouco mais do que os 30 dias. O objetivo da investigação é localizar quadrilhas que atuam no tráfico de drogas sintéticas no país.

Operação

El Al Yoram foi preso no último sábado, por policiais federais de Curitiba. Ele foi abordado quando deixava o apartamento onde mora, em Ipanema, no Rio de Janeiro. Segundo a PF, ele é acusado de enviar um carregamento de 1,4 milhão de comprimidos para Los Angeles, nos Estados Unidos, em 2004. "Por ser um crime superior aos cometidos no território, ele deverá ser julgado lá", comentou Altair Menosso.

A operação de busca e apreensão foi coordenada pelo delegado federal Fernando Francischini, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes do Paraná. Por medida de segurança, Yoram deverá permanecer isolado. No período em que estiver preso no Paraná, será submetido a reconhecimento por testemunhas de outros inquéritos sobre o tráfico de ecstasy no Brasil. "De três anos para cá, houve um aumento significativo de raves, o que ocasionou o crescimento do consumo da droga sintética", afirmou Altair Menosso. Segundo o delegado Francischini, muitos pequenos traficantes já foram presos, mas nunca havia se chegado ao fornecedor das drogas.

Pelo envio considerável de ecstasy para Los Angeles em 2004, El Al Yoram ganhou o título de maior traficante de ecstasy do mundo. Na época, foi identificado e fugiu de Israel para o Uruguai, em 2005, onde ficou preso. Teria saído do presídio após subornar agentes penitenciários. Yoram vinha sendo investigado há meses pela polícia do Paraná, desde que morou em Curitiba. Ele é acusado de tráfico de drogas, associação ao tráfico, lavagem de dinheiro e extorsão.

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