Três pessoas receberam nesta sexta-feira (17) em Curitiba e Campina Grande do Sul, os órgãos retirados do corpo da bióloga paulista Amanda Lucas Gimeno, de 22 anos. Amanda teve morte cerebral na última quinta-feira em decorrência de um traumatismo craniano. Ela foi a segunda vítima fatal do desabamento da marquise na Universidade Estadual de Londrina (UEL), no domingo.
Na madrugada, um paciente de 56 anos, cujo nome não foi revelado, recebeu o coração da bióloga. O paciente estava esperando na fila desde março de 2005. Ele passa bem e pode receber alta em dez dias.
No Hospital de Clinícas (HC), em Curitiba, uma mulher de 65 anos, com cirrose hepática decorrente de hepatite tipo C, recebeu o fígado da bióloga, em uma cirurgia que iniciou às 3 horas da manhã e durou seis horas.
Uma terceira pessoa tinha operação marcada para a noite desta sexta. Uma mulher de 45 anos deverá receber um dos rins e o pâncreas de Amanda, em um duplo transplante. A paciente é diabética e sofre de insuficiência renal. O transplante está sendo feito no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba.
Curitiba
A estudante da Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Nicole Veiga Sydney - que estava internada em Londrina - foi transferida na quinta-feira para o Hospital Cajuru, em Curitiba.
Nicole chegou por volta de 20h30. Segundo a assessoria do hospital, Nicole está na UTI, consciente e respirando sem ajuda de aparelhos. O estado de saúde dela é grave, porém estável. A assessoria informou que Nicole está com um fixador externo na região pélvica em virtude da fratura na bacia.
Mais cinco estudantes vítimas do desabamento na UEL continuam internados no Hospital Universitário de Londrina. Nesta sexta-feira aconteceu o encerramento do XXVI Congresso Brasileiro de Zoologia.
Veja na reportagem em vídeo depoimento de familiares dos pacientes que foram transplantados
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