Três pessoas são mortas de forma violenta nas últimas horas em Curitiba

A manicure Liliane Gonçalves Ferreira, de 29 anos, não teve tempo de se defender ao ser atingida por tiros na cabeça e no tórax na noite desta segunda-feira (17), no Santa Quitéria. Mãe de três filhos, mas que morava apenas com um, faleceu na Rua Irati assim que foi baleada. De acordo com informações da polícia, Liliane foi morta em decorrência do envolvimento com o tráfico de drogas na Favela da Portelinha. Contra ela havia mandados de prisão por homicídios simples e qualificado.

Já para a irmã, dona do salão onde a manicure trabalhava, quem teria cometido o crime foi um ex-namorado de Liliane. Ele teria sido reconhecido por vizinhos, que o viram passando de moto pelo menos duas vezes próximo à casa onde ela morava. Na terceira vez ele a chamou e assim que Liliane foi atender ela acabou sendo alvejada. Josiane Gonçalves Ferreira reconhece que sua irmã foi usuária, mas descarta a possibilidade de que o motivo do crime esteja ligado ao tráfico.

O segundo caso de homicídio das últimas horas foi o de um adolescente de 16 anos alvejado por disparos de arma de fogo no tórax e na mão esquerda quando estava a caminho da escola, no Alto Boqueirão por volta das 7 horas desta terça-feira (18). De acordo com informações repassadas para a polícia, o jovem estava a poucas quadras da escola quando um motoqueiro passou e atirou diversas vezes. O garoto conseguiu correr ainda por cerca de 50 metros, mas caiu já sem vida na Rua Itaúna do Sul. A principal linha de investigação parte da informação de que o assassinato possa ser passional, relacionado a uma ex-namorada do adolescente.

Já no Sítio Cercado, Bruno Daniel de Oliveira, de 18 anos, faleceu em meio a um matagal que fica entre a linha do trem e a Rua Jussara. Ele teria ido até a mata para fumar crack com um amigo por volta do meio-dia e cerca de uma hora depois quatro homens chegaram num carro, desceram e foram até os rapazes para efetuar vários disparos. O amigo de Bruno, cuja identidade foi mantida em sigilo pela polícia, fugiu sem ferimentos. Policiais que estiveram na cena do crime relatam que o local é de difícil acesso, portanto os atiradores sabiam que Oliveira estava ali. A motivação, segundo as investigações, foi porque o rapaz estava devendo para traficantes.