Três protestos estão provocando uma série de transtornos em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Desde as 7 horas, centenas de guias, taxistas e transportadores de turismo estão bloqueando a BR-469 próximo ao portão do Parque Nacional do Iguaçu (PNI). Nas pontes da Amizade, na fronteira com o Paraguai, e Tancredo Neves, com a Argentina, e na BR-277, policiais federais e rodoviários federais intensificaram a fiscalização, fazendo operações-padrão.
Os cerca de 500 trabalhadores do turismo prometem estender o protesto em frente ao parque até o próximo sábado (18), para quando é esperada a visita da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para uma negociação com representantes do setor. Os profissionais estão descontentes com a decisão da Justiça Federal que limita a circulação de veículos no interior da reserva apenas aos da concessionária que administra a recepção de visitantes, aos de funcionários do parque e aos de fornecedores.
Líderes sindicais de setores ligados ao turismo na cidade alegam que a restrição judicial, da maneira que foi imposta, poderia ter sido evitada caso o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) obedecesse os prazos para a regulamentação do transporte na unidade de conservação, a segunda mais visitada de todo o País, atrás apenas do Parque Nacional da Tijuca, onde fica o Cristo Redentor. No ano passado, as Cataratas do Iguaçu receberam quase 1,4 milhão de visitantes.
Os manifestantes estão liberando a passagem de veículos até o centro de recepção e ao portão do parque a cada duas horas. Mas, temendo confusão e possíveis agressões a funcionários, a direção do parque decidiu suspender a entrada de turistas hoje, conforme nota emitida no final da tarde de quarta-feira (15), em que já adiantava a possibilidade de a reserva permanecer fechada. Alguns trabalhadores do parque e do Hotel das Cataratas também preferiram ficar do lado de fora.
Operações-padrão
As filas ao longo da BR-277 na saída do País em direção ao Paraguai também pegaram muitas pessoas de surpresa na manhã desta quinta-feira. Doze policiais rodoviários federais dez a mais do que em dias normais - fazem um "pente-fino" nos veículos e conferem a documentação dos pedestres que pretendem atravessar a fronteira.
Até o meio-dia, três automóveis com irregularidades haviam sido apreendidos e dez multas aplicadas. A fila passou de cinco quilômetros e o tempo de espera mais de quatro horas. Por dia, cerca de 15 mil veículos e 35 mil pessoas cruzam a Ponte da Amizade. O reforço na fiscalização também está sendo empregado na Ponte Tancredo Neves.
Os dois pontos de entrada e saída do País e o Aeroporto Internacional das Cataratas também são palco das reivindicações dos servidores da Polícia Federal, que retomaram nesta quinta-feira a operação padrão da categoria. A ação deve se estender até a próxima terça-feira (21). Servidores das duas corporações pedem reajustes salariais; reestruturação da carreira e dos postos de trabalho, e ampliação do efetivo.
"Estamos em estado de greve, mas caso o governo insista em não negociar, podemos decidir pela greve", disse o representante do sindicato dos policiais rodoviários federais em Foz do Iguaçu, Paulo Mileski. A vistoria dos veículos que deixam a fronteira pela BR-277 também foi intensificada no posto da PRF em Santa Terezinha de Itaipu. As filas já passam de dois quilômetros em ambos os sentidos da rodovia.
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