Três homens foram presos em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, acusados de integrar uma quadrilha especializada no assalto de panificadoras. As prisões ocorreram na noite de sexta-feira (18), mas foram divulgadas à imprensa apenas nesta terça-feira (22), porque, segundo a polícia, antes da apresentação foi necessário confirmar a identidade dos três.
Segundo o delegado Rafael Ferreira Vianna, titular da Delegacia do Alto Maracanã, responsável pelas prisões, a polícia chegou ao grupo durante a investigação de outro crime. Maicon Oliveira Lara, de 22 anos, era procurado por suspeita do assassinato de um jovem que ocorreu dentro de uma panificadora no bairro Monte Castelo, em Colombo, no dia 26 de junho. "Descobrimos a localização dele e acabamos encontrando os outros dois em uma residência traficando drogas", diz Vianna.
Além de Lara, Suélio Guimarães, também de 22, e Joel de Andrade, de 24, foram presos em flagrante por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo, já que estavam com 20 pedras de crack e um revólver calibre 38. Com eles, foram encontradas ainda 39 folhas de cheque que haviam sido roubadas de uma panificadora no bairro Juvevê, em Curitiba, há cerca de 10 dias, e um Ford Focus de cor branca. "Fomos atrás da panificadora e as vítimas reconheceram os assaltantes e o veículo que teria sido utilizado na fuga", diz o delegado.
Ainda segundo Vianna, Lara confessou o assassinado ocorrido em junho, que foi realizada com a arma apreendida com o grupo. "Falta apenas confirmar a motivação do crime para indiciá-lo por homicídio ou latrocínio", diz o delegado. Segundo ele, há indícios de que a morte teria ocorrido durante um assalto, mas o preso afirmou que o assassinato foi motivado por um desentendimento.
Segundo as vítimas ouvidas pela polícia, o grupo não agia com violência. "Eles apenas rendiam as pessoas com a arma, levavam o dinheiro e iam embora", conta o delegado. A polícia ainda apura quantas panificadoras já foram assaltadas pelo trio, mas acredita que eles agiam em Curitiba e região há cerca de um ano, desde que Lara chegou a Colombo, depois de fugir de uma penitenciária de Santa Catarina.
"Ele cumpria pena de 13 anos por assalto a uma panificadora e fugiu no fim do ano passado, vindo direto para o Paraná", afirma Vianna. Além de Lara, Andrade, que não tinha passagem pela polícia, também confessou a participação no assalto do Juvevê.
Guimarães, que já ficou preso por furto de veículo, negou envolvimento, mas segue detido por tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e receptação, uma vez que foi flagrado com cheques roubados.
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