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 | Gilson Kleina/Paraná Online
| Foto: Gilson Kleina/Paraná Online

Quatro pessoas foram alvos de uma operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (31) pela Delegacia de Furtos e Roubos (DFR). A polícia apura a atuação de uma quadrilha num esquema de fraude no Seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículo Automotor), cujo valor total varia de R$ 2.700 (caso de despesas médicas) a R$ 13.500 reais (casos de invalidez ou morte).

A operação cumpriu três, dos quatro mandados de prisão, e três de busca e apreensão. Uma advogada e o marido, que seriam os donos da empresa que ficava com parte do dinheiro das vítimas, foram presos junto com a secretária em Curitiba e na Região Metropolitana. Um fisioterapeuta, que é de Guarapuava, ainda é procurado.

A polícia começou as investigações depois de um registro de um boletim de ocorrência de uma pessoa, que recebeu alta médica pelo fisioterapeuta. Ele antecipou o documento sem a pessoa estar definitivamente curada. “A antecipação da alta foi feita porque um dos requisitos para conseguir a indenização do DPVAT é o documento. Mas isso fez com que a pessoa deixasse o tratamento e, praticamente, perdesse a mobilidade de um dos braços”, explicou o delegado Matheus Laiola.

De acordo com o delegado, os pacientes e funcionários de hospitais são abordados por integrantes desta quadrilha para conseguir documentação sigilosa necessária para dar entrada com o pedido de indenização. Parte do valor recebido ficava com a quadrilha.

Quem colaborava com a quadrilha, segundo o delegado, recebia benefício financeiro. “Passavam o documento para as pessoas que foram presas e, em contrapartida, recebiam alguma quantia por isso, mas ainda não sabemos quanto e nem como ao certo isso funcionava. Esperamos lapidar todas estas dúvidas neste tempo de cinco dias que temos para as investigações”.

A polícia ainda não consegue dizer há quanto tempo a quadrilha agia e nem estipular um valor do prejuízo causado, mas o delegado acredita ser grande. Além disso, o número de vítimas pode passar de dezenas, já que não se sabe quantas pessoas ao certo caíram no golpe.

A polícia investiga também a participação de funcionários de hospitais no esquema. “Sabemos que eles tinham informações privilegiadas e sigilosas, que vinham de dentro do hospital. Com certeza existem pessoas infiltradas dentro dos hospitais, mas também queremos descobrir se não existem pessoas envolvidas dentro da seguradora Líder”, disse.

A maneira de a quadrilha agir é a mesma de outra que foi presa no ano passado, em que tinha a participação de um policial, mas o delegado destaca que essa quadrilha não tem relação com a outra. Os envolvidos devem responder por associação criminosa, estelionato, falsidade documental e crime contra a relação de consumo. Se condenados, podem pegar até 18 anos de prisão.

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