Os traficantes Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira Mar, Marcio dos Santos Nepomuceno, O Marcinho VP, e Bruno Eduardo da Silva Procópio, o Piná, foram indiciados pela Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) pelo crime de associação ao tráfico de drogas. O grupo é acusado de planejar os ataques às sedes do AfroReggae. Fernandinho Beira Mar e Marcinho VP teriam articulado a ação de dentro do presídio federal de Catanduvas, no Paraná, durante uma conversa ocorrida no dia 10 de maio deste ano. Piná estaria envolvido nos ataques por ser um dos chefes do tráfico no Complexo do Alemão, na Penha.
Os indiciamentos fazem parte dos três inquéritos relatados, na segunda-feira (26), pela especializada que apuravam os crimes praticados contra a ONG. O delegado Márcio Mendonça, titular da Dcod, representou pela permanência de Beira Mar e Marcinho VP no regime disciplinar diferenciado, uma vez que já se encontram presos. Foi solicitada a prisão de Piná, que está foragido.
Segundo suspeita reforçada por uma escuta telefônica, Fernandinho Beira Mar e Marcinho VP teriam tramado os atentados no parlatório da penitenciária onde estão presos. O primeiro ataque aconteceu 16 dias depois da conversa, numa maratona promovida pelo AfroReggae no Alemão. A ONG foi alvo em outros episódios com tiros e, ainda, de um incêndio.
Outros três homens foram presos, no último fim de semana, como suspeitos de terem participado de um ataque à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Nova Brasília, no Complexo do Alemão. A polícia investiga agora, segundo o delegado titular Reginaldo Guilherme da Silva, se o trio também participou dos atentados à ONG AfroReggae, no mesmo complexo de favelas. José Carlos Gomes Oliveira, de 27 anos; David Felipe Ramos, de 23 anos, e Alan da Silva Moraes, de 21 anos, foram presos em casa.