Quinze ex-funcionários e diretores do Banestado, acusados de crime contra o sistema financeiro nacional, foram condenados em julgamento realizado nesta quarta-feira (15). A decisão do Tribunal Regional Federal (TRF), de Porto Alegre, foi divulgada no fim da tarde desta quinta-feira (16).

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Os acusados, com cargos de direção e assessoria no banco, teriam participado de um esquema de envio ilegal de dinheiro para o exterior através das chamadas contas CC5. As fraudes ocorreram entre os anos de 1996 e 1998.

Dos 20 réus, apenas cinco foram absolvidos, são eles: Domingos Tarco Murta Ramalho (diretor-presidente); Valdir Antônio Perin (gerente da agência do Banestado em Nova York); Wolney Darcio Oldoni (gerente da agência JK-Ceasa, de Foz do Iguaçu); Adelar Felipetti (gerente da agência JK-Ceasa, de Foz do Iguaçu) e Ercio de Paula dos Santos (gerente da agência Nova York).

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Os quinze condenados ainda podem recorrer da decisão. O processo já foi julgado em 1.ª instância na Justiça Federal em Curitiba, mas tanto os réus como o Ministério Público Federal recorreram.

Veja abaixo a lista dos condenados:

Onorino Rafagnin (gerente da agência Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR): 4 anos e um mês, por gestão fraudulenta e evasão de divisas;

Rogério Luiz Angelotti (gerente de câmbio da agência Centro de Foz do Iguaçu): 4 anos e 1 mês, por gestão fraudulenta e evasão de divisas;

Clozimar Nava (gerente da agência Centro de Foz do Iguaçu): 4 anos e 1 mês, por gestão fraudulenta e evasão de divisas;

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Carlos Donizeti Spricido (gerente da agência Centro, de Foz do Iguaçu): 4 anos e 8 meses, por por gestão fraudulenta e evasão de divisas;

Oswaldo Rodrigues Batata (Diretor de contas de depósito da administração superior) : 4 anos e 8 meses, por gestão fraudulenta e evasão de divisas;

Alaor Alvim Pereira (assessor técnico de câmbio e operações internacionais): 5 anos e 10 meses, por gestão fraudulenta e evasão de divisas;

Alcenir Brandt (gerente da agência Ponte da Amizade): 4 anos e 8 meses, por gestão fraudulenta e evasão de divisas;

Altair Fortunato (gerente da agência Ponte da Amizade): 4 anos e 1 mês, por gestão fraudulenta e evasão de divisas;

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Milton Pires Martins (superintendente regional do oeste): 4 anos e 8 meses, gestão fraudulenta e evasão de divisas;

Aldo de Almeida Júnior (diretor de câmbio e operações internacionais): 5 anos e 10 meses, gestão fraudulenta e evasão de divisas;

Benedito Barbosa Neto (gerente de câmbio da agência Centro, de Foz do Iguaçu): 5 anos e 10 meses, por gestão fraudulenta e evasão de divisas;

Sérgio Elói Druszcz (diretor de contas de depósito da administração do banco): 4 anos e 8 meses, por gestão fraudulenta e evasão de divisas;

Os réus citados acima deverão ainda pagar multa estipulada no processo. O regime inicial é o semi-aberto.

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Valderi Werle (assistente gerencial da agência JK-Ceasa, de Foz do Iguaçu): 2 anos e 6 meses de serviços à comunidade, mais multa, por envio ilegal de moeda para o exterior;

Gabriel Nunes Pires Neto (diretor de câmbio e operações internacionais): 3 anos, por gestão fraudulenta, em regime aberto, mais multa;

José Luiz Boldrini (assessor técnico de câmbio e operações internacionais): 3 anos, por gestão fraudulenta, em regime aberto, mais multa.