Curitiba O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou ontem a suspensão das obras de construção do Contorno Rodoviário de Foz de Iguaçu na BR-277/469. Segundo o TCU, o contrato feito entre o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit) com a empresa Consórcio ARG Sanches Tripoloni contém irregularidades como superfaturamento, falta de transparência na planilha de custos e ausência do detalhamento das despesas. Os investimentos previstos são de R$ 10 milhões.
O conjunto do contorno inclui a duplicação da ponte Tancredo Neves, na fronteira de Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú, na Argentina, até a entrada do Parque Nacional do Iguaçu, e a construção de uma rodovia perimetral entre a BR-277 e a BR-469 para desviar o tráfego do centro da cidade de Foz do Iguaçu. O objetivo da obra também é facilitar o escoamento da produção das atividades econômicas da região.
O coordenador do Dnit no Paraná, Davi Gouveia acredita que houve um mal-entendido. De acordo com Gouveia, a licitação era antiga e foi reaproveitada em função da necessidade dessa construção. "Não há nada de irregular no contrato. Nós ainda não recebemos nenhuma comunicação oficial do tribunal e, por enquanto, as obras continuam", afirmou.
O diretor-geral do Dnit, Hideraldo Luiz Caron, e a empresa responsável pelo serviço têm 15 dias para a defesa. A auditoria do tribunal foi realizada entre 23 de junho e 4 de agosto desse ano e o relator do processo foi o ministro Augusto Nardes.