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Há duas semanas, quando a embarcação holandesa saiu do Chile, o navio adotou o código vermelho, procedimento que tenta conter o avanço da contaminação. A piscina e a biblioteca do transatlântico foram interditadas e todos eram orientados a lavar as mãos a cada duas horas. Passageiros com sintomas de diarreia foram isolados em suas cabines para atendimento médico, segundo relatos dos viajantes feitos ontem.

Segundo o norte-americano aposentado Richard Rezba, de 67 anos, que sentiu uma indisposição leve após deixar o Chile, a partir daquele momento a tripulação e os funcionários passaram a usar máscaras, luvas e toucas.

De acordo com a Anvisa, o na­­vio, durante sua navegação em águas internacionais, tomou todas as medidas recomendadas para controle do surto de gastroenterite a bordo e as falhas identificadas pe­­los inspetores da agência, durante a inspeção realizada na manhã de ontem no Rio, foram corrigidas pela equipe do transatlântico.

Cadáver

Enquanto alguns passageiros tinham conhecimento do código vermelho, outros desconheciam que uma mulher estava morta a bordo. "Eu não sabia disso. É preocupante", disse o inglês Jim Sullivan, de 61 anos. Autoridades afirmavam que a mulher teve um enfarte sem ligação com a intoxicação, mas apenas o laudo cadavérico vai determinar o que ocorreu. Se não apontar causa natural, será aberto inquérito pela PF.

Segundo o secretário de Turis­mo do Estado, Ronald Azaro, um auto de infração seria emitido para a operadora estrangeira e uma notificação para a operadora do cruzeiro no Rio.

A comandante e o médico do navio transatlântico foram levados à Polícia Federal para prestar esclarecimento e permaneceram na sede da Superintendência por menos de uma hora.

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