BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Jaques Wagner, anunciou nesta quinta-feira que as tropas brasileiras no Haiti se retirarão do país até o fim de 2016. O Brasil lidera as operações militares da Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (Minustah) e já diminuiu o efetivo que mantém no país. Desde 2004, o Brasil já empregou mais de 30 mil militares no Haiti. Atualmente são 1.343. As explicações foram dadas em audiência da Comissão de Relações Exteriores.
— É uma missão humanitária que já tem porta de saída prevista para acabar. A missão acaba no ano que vem. Este ano já tivemos uma redução. E no ano que vem a previsão é de retirada total das Forças, não só do Brasil, mas das Nações Unidas. Este ano, já vários oficiais de outros países da América do Sul já foram comunicados do seu retorno. Está marcado para terminar ano que vem. A missão é para terminar no final do ano que vem — afirmou Wagner.
O Brasil sempre teve papel destacado dentro da Minustah, estabelecida em 2004. A partir de 7 de junho, quando haverá uma troca de tropas, o número de militares brasileiros cairá para 970. Segundo o general José Carlos De Nardi, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, o efetivo será reduzido para 850 homens antes da retirada total. Isso ocorrerá até o fim deste ano.
— O efetivo será de 850 homens. E o Brasil será o único em Porto Príncipe (capital do Haiti). Mais países vão se retirar e ficará só o Brasil com 850 homens em Porto Príncipe — disse De Nardi, sem dar prazos para essa redução gradual.