O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anulou na noite de quinta-feira (13) as coligações do Partido Verde (PV), com o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT) para as eleições de Maringá. Assim, os votos do PV passarão a ser contabilizados como chapa pura.

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O tribunal manteve a decisão da ministra Nancy Andrighi, de 4 de outubro, quando a magistrada declarou a regularidade da candidatura do diretório municipal presidido por Alberto Abraão (PV), candidato derrotado na disputa a prefeito.

O lado de Abraão defendia a chapa única, enquanto outro grupo do diretório, encabeçado pelo presidente estadual, Joba Beltrame (PV), queria coligações: com o PT, na disputa para prefeito, e com o PDT, na corrida entre os vereadores. A decisão do TSE, portanto, deu vitória ao grupo de Abraão.

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Segundo Fórum Eleitoral de Maringá, o resultado não vai interferir nas cadeiras da Câmara Municipal. "A decisão só alteraria a disposição se o diretório com apoio estadual vencesse o caso na justiça", explicou a chefe do cartório de Maringá, Patrícia Gasparro Sevilha.

De acordo com Patrícia, o candidato Luizinho Gari, da coligação PDT/PV, seria o único beneficiado com a confirmação da união dos partidos.

Partido Verde

Para Joba Beltrame, presidente estadual do partido, a decisão já era esperada. "Foi um erro burocrático do diretório e eles se aproveitaram dessa brecha", declarou. Ele informou que o diretório irá analisar junto aos advogados uma maneira de recorrer da decisão em outro âmbito judiciário.

Já para Abrão, a disputa na justiça só serviu para criar um desgaste no partido. "Eles quiseram impor uma decisão sem a nossa vontade. A coligação se tornou nula, sem os princípios básicos", disse.

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Diferente da posição do Fórum Eleitoral, Abraão acredita que o resultado na justiça pode, sim, interferir nas cadeiras da Câmara. "O PDT entrou com uma coligação. Anulada a coligação, ficarão sem registros de candidatura. Se anularem os quase 11 mil votos do PDT, vão derrubar o coeficiente eleitoral", enfatizou. "O PHS, por exemplo, poderia ganhar uma cadeira. Assim com o PMDB, que ficou a poucas cadeiras de conseguir um lugar."