O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) renovou a parceria com nove agências de checagem no “Programa de Enfrentamento à Desinformação”. Elas irão ajudar o TSE no combate às fake news nas eleições 2022 e serão responsáveis por “averiguar a veracidade de informações envolvendo o processo eleitoral brasileiro na internet, especialmente, nas redes sociais”, segundo informações do próprio tribunal.
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Na visão do TSE, “a estratégia consiste em combater as fake news com a ajuda da imprensa profissional, de forma a disseminar conteúdo de qualidade e assegurar a livre expressão de ideias”. Mas nem sempre é bem assim. Diante disso, no entender de especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo, é temerário deixar para essas empresas o papel de definir a verdade e de estabelecer o que pode ou não ser dito.
Além disso, matérias da Gazeta do Povo já mostraram que a liberdade de expressão pode ser colocada em risco. Por esse motivo, a validação do que seria verdadeiro ou falso no debate político a partir da análise das agências de checagem (ou fact-checking) é vista com receio por conservadores e liberais. Uma parcela desse grupo vê a atuação das principais fact-checkers do país como tendenciosa a uma visão política em específico. Veículos que dão espaço a vozes alinhadas à direita já foram apontados pelas agências, em alguns casos de forma inverídica, como “propagadores de fake news” devido à sua linha editorial. Além do TSE, o STF também aderiu a um Programa de Combate à Desinformação (PCD).
A formalização do acordo ocorreu, nesta terça-feira (22), ainda na gestão de Luís Roberto Barroso à frente do TSE. Hoje ele passou a presidência para Edson Fachin. As nove agências que fazem parte da “Coalizão para Checagem - Eleições 2022” são AFP, Agência Lupa, Aos Fatos, Boatos.org, Comprova, E-Farsas, Estadão Verifica, Fato ou Fake e UOL Confere.
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