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Curitiba

Tubulação se rompe pela terceira vez em três anos e afeta oito bairros

Marcelo Rosa observa conserto da tubulação: terceiro estrago em três anos | Felipe Rosa/ Agência de Notícias Gazeta do Povo
Marcelo Rosa observa conserto da tubulação: terceiro estrago em três anos (Foto: Felipe Rosa/ Agência de Notícias Gazeta do Povo)
Sanepar trabalha para substituir 43 metros de tubos |

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Sanepar trabalha para substituir 43 metros de tubos

Tubulação se rompeu na manhã de sexta-feira (4) |

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Tubulação se rompeu na manhã de sexta-feira (4)

Mais de 500 metros cúbicos de terra foram retirados para possibilitar a obra |

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Mais de 500 metros cúbicos de terra foram retirados para possibilitar a obra

O rompimento de uma tubulação de grande porte transformou, desde a manhã de sexta-feira (4), o fim da Rua Nova Cantu, no Sítio Cercado, em Curitiba, em um canteiro de obras. No terceiro dia sem água, os moradores da área reclamam que o problema é recorrente: em três anos, tubos da mesma linha arrebentaram naquele local. O conserto afeta o abastecimento, também de outros sete bairros da capital.

O dano foi detectado no início na manhã de sexta-feira, no trecho entre a Rua Nova Cantu e a Estrada do Ganchinho. Equipes da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) fizeram a troca do tubo que apresentava vazamento, mas, pouco depois, outro ponto da tubulação se rompeu. "Quando a gente saiu para trabalhar, vimos que estava tudo alagado ali", disse o auxiliar de qualidade Marcelo Henrique, que mora ao lado do local.

Segundo moradores, técnicos da Sanepar informaram que o ponto afetado se encontra em um declive, que não estaria suportando a pressão da água. Desde sexta-feira, a companhia ainda não conseguiu solucionar o problema. Na tarde deste domingo (6), equipes trabalhavam para trocar 43 metros de tubulação. Mais de 500 metros cúbicos de terra foram removidos. Dezenas de operários e quatro máquinas de grande porte (duas retroescavadeiras e dois tratores) trabalhavam para tentar resolver as falhas.

O rompimento fez com que moradores tivessem que conviver com o racionamento ou a falta de água. Na casa do pastor Fernando Fernandes, não tem caixa d’água. Por isso, desde a manhã de sexta-feira, ele, a mulher e os dois filhos pequenos sofrem as consequências. "Ontem eu fiquei sem tomar banho. Na pia da cozinha, há uma pilha de louça suja. Está chegando num ponto limite", reclama.

Problema recorrente

A adutora que estourou liga a estação de tratamento do Arujá, em São José dos Pinhais, região metropolitana, ao reservatório do Tatuquara, na capital. De lá, a água é distribuída a bairros da região. Por isso, além do Sítio Cercado, Campo Santana, Caximba, Cidade Industrial, Ganchinho, Pinheirinho, Tatuquara e Umbará também tiveram o abastecimento afetados.

Os moradores reclamam que nos dois anos anteriores – 2009 e 2010 – a mesma tubulação se rompeu, causando transtornos semelhantes. "Eu não sei se é a qualidade dos tubos que não é boa. Mas todo ano é isso", diz Marcelo Henrique.

O gerente-geral da Sanepar para Curitiba e região metropolitana, Celso Thomaz, disse que o material das tubulações seguem as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). "Existem outros tubos mais resistentes, mais robustos que talvez não tivessem se rompido, mas não podemos que essa foi a causa do acidente", afirmou. Segundo moradores, técnicos da companhia informaram que os tubos rompidos eram de plástico e que estão sendo substituídos por tubulação de ferro fundido. A informação não foi confirmada oficialmente pela Sanepar.

Thomaz disse que ainda não é possível afirmar qual foi a causa dos sucessivos rompimentos de tubulação na área. Ele informou que os tubos substituídos vão ser analisados pela Sanepar, para que a companhia saiba o que provocou o estrago. "Aí poderemos saber se foi por alguma causa externa, se foi por causa do material, ou se foi por algum deslocamento interno", disse.

A previsão da Sanepar é de que o problema esteja solucionado até as 19 horas. A normalização do abastecimento está prevista para a meia noite de domingo para segunda-feira (7). A orientação é que os moradores desses bairros reduzam o consumo enquanto o abastecimento não estiver normalizado. Para tirar dúvidas dos usuários, a companhia disponibiliza o telefone 115.

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