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Enquanto o PMDB espera por seus cargos, pelo menos uma reforma de segundo escalão já começou: a do Meio Ambiente. Ela é fruto de conversa em que Lula foi taxativo com Marina Silva. O ministério e o Ibama, disse o presidente, não podem continuar a ser obstáculos ao PAC. A ministra cedeu e iniciou a faxina. Uma das substituições ilustrativas da nova orientação da pasta é a do secretário de Desenvolvimento Sustentável, Gilney Viana. Marina já o avisou de que precisará do posto. Para o lugar de Viana deverá ser escalado o engenheiro agrônomo Egon Krakhecke, que foi secretário de Meio Ambiente de Zeca do PT no governo de Mato Grosso do Sul.

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Tema único 1 – Na reunião do Conselho Político, Lula desceu a lenha nas dificuldades impostas pelo Ministério do Meio Ambiente às obras das hidrelétricas do Madeira, estratégicas para o Plano de Aceleração do Crescimento. Sobre as arestas com Evo Morales, disse que o governo vai se empenhar para fechar acordos com a Argélia para a importação de gás. Tema único 2 – Os deputados Aldo Rebelo (PC do B-SP), Paulinho da Força (PDT-SP) e Ciro Gomes (PSB-CE) estarão juntos hoje em São Paulo, no primeiro evento do chamado "bloquinho" para discutir o PAC. O economista Márcio Pochman participa. Em campo – O deputado Carlos Wilson (PT-PE) foi ontem ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), dizer que quer ser ouvido na CPI do Apagão para defender sua gestão na Infraero. Nosso amigo – Do líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves (RN), sobre o ensaio de rebelião da bancada: "O ministro Mares Guia tem tido conosco uma relação absolutamente correta e leal". Coincidência – Emmanuel Henrique Balduíno, delegado da PF no Rio que atua na Operação Hurricane, foi quem concluiu, em 2006, que não havia grampo em gabinetes do Supremo e do TSE, ao contrário do afirmado pela empresa que fez a varredura. Zona cinzenta – Enquete com a bancada do PT na Câmara indica apenas 30% de apoio ao voto em lista fechada, que já foi bandeira dos dirigentes. Sem consenso sobre pontos básicos, o partido aprovará uma resolução genérica sobre reforma política na reunião de seu Diretório Nacional, hoje e amanhã.

Dá aqui – Em novo capítulo do contencioso entre o governo Serra e as universidades, os procuradores jurídicos de USP, Unicamp e Unesp foram instados pelo secretário da Fazenda, Mauro Ricardo, a assinar documento em que essas instituições se comprometem a colocar as contas de seus funcionários na Nossa Caixa, como fez o Executivo. Não dou – Além de abdicarem de licitar as próprias contas, as universidades, pelo documento, aceitam que toda a receita do contrato de exclusividade com a Nossa Caixa seja destinada ao governo. Os procuradores foram embora da reunião com Mauro Ricardo sem assinar coisa nenhuma.

Conectados – No dia em que Serra desembarcou em Brasília defendendo o uso de pulseiras eletrônicas para monitorar ex-presos, projeto quase idêntico de Aloízio Mercadante estava na pauta da CCJ do Senado. O petista cuidou de adiar a votação para estudar as sugestões do governador, seu adversário em 2006.

TIROTEIO

* Do deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) sobre o fato de a Prefeitura de São Paulo, nas mãos do consórcio DEM-PSDB, ter pago R$ 6,4 milhões a ONGs que deram cursos de capacitação a alunos "fantasmas".

– A oposição quer voar na CPI do Apagão Aéreo. Mas, se o assunto é ONG, prefere ficar invisível.

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