Brasília – O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM- SP), disse ontem que espera que Gim Argello (PTB-DF) assuma a vaga herdada de Joaquim Roriz (PMDB-DF) para ter acesso à documentação, que envolveria o nome do suplente de Roriz no esquema apurado pela Operação Aquarela. Com base nela, Tuma antecipou que poderá abrir processo na corregedoria para investigar o sucessor de Roriz. "Não teria sentido, depois da renúncia do Roriz, deixar passar em branco a mesma denúncia feita contra seu sucessor no cargo", argumentou.

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Roriz renunciou ao mandato na semana passada para escapar de processo no Conselho de Ética. Ele foi flagrado em escutas telefônicas negociando a partilha de R$ 2,2 milhões com o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Tarcísio Franklin de Moura, que foi preso pela Polícia Civil de Brasília. Há suspeita de que Argello também tenha participação em esquema de desvio de recursos do banco.

Segundo Tuma, o juiz encarregado do caso, Roberval Belinati, da 1.ª Vara Criminal de Brasília e com quem Tuma se reuniu na sexta-feira, ficou de enviar à Corregedoria do Senado e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) parte do inquérito que faz menção a Argello tão logo o petebista assuma sua cadeira na Casa.

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Até ontem, Argello não havia dado nenhum sinal à Secretaria-Geral da Mesa do Senado sobre sua possível posse. Pelo regimento, ele tem 60 dias, renováveis por mais 30 dias, para assumir sua cadeira na Casa.