Menos de um mês depois da greve geral, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) volta a paralisar atividades nesta terça-feira (14). Segundo o sindicato dos professores (Sindiprol/Aduel) e a associação dos servidores (Assuel), a nova movimentação tem o objetivo de certificar publicamente o descumprimento de promessas feitas pelo governo do Paraná durante a última greve.
Na avaliação dos professores e funcionários técnicos-administrativos, o clima de desconfiança serve como “combustível” para uma nova futura paralisação. Para eles, somente o pagamento dos salários atrasados não é uma garantia suficiente para acalmar os ânimos das categorias.
“O governo não desistiu de ficar com o Fundo de Previdência dos servidores. Apenas mudou a forma: no lugar de simplesmente pegar tudo de uma vez, quer fazer isso arrancando mensalmente quase R$ 140 milhões”, diz Renato Lima Barbosa, presidente do Sindiprol.
A medida, afirma, reduziria pela metade o “tempo de vida” do fundo previdenciário, impactando diretamente nos valores e prazos das aposentadorias dos servidores estaduais. Os sindicatos da UEL também exigem o cumprimento de várias promessas ligadas à manutenção da universidade, como a normalização dos repasses de dinheiro para despesas como água, luz e telefone e a contratação de mais professores.
“A universidade está completamente precária. Tem aluno comprando equipamento de laboratório com o próprio dinheiro”, aponta. Durante todo o dia, os movimentos de paralisação convocam professores, servidores e alunos para uma agenda de discussões.